domingo, 30 de agosto de 2009

Confissões de uma estudante de violino


Uma das músicas que estou estudando atualmente é um trecho das Bachianas nº 5, de Villa-Lobos. Quando comecei violino, pensei: uma das que faço questão de aprender é essa. Desde o semestre passado, resolvi que iria encará-la de frente e pedi ao professor Kalley Seraine para me passar uma partitura dela. Pouco a pouco, fui entrando em seu universo, degustando notinha por notinha como quem toma um bom vinho numa noite fria. Fui me dando conta da complexidade dessa música, composta por trechos com compassos diferentes entre si e vários acidentezinhos. Uma criação nada óbvia de um gênio brasileiro da música.

Com o passar do tempo, minhas mãos e meu cérebro vão chegando num acordo (eita briga ferrenha essa!) para produzir a parceria de Villa-Lobos com a Sil. Sim, cometo a ousadia bakthiniana de dizer parceria pois acredito que, mesmo reproduzindo uma música criada por outra pessoa, acabo imprimindo minha interpretação pessoal nesse fluir não só de sons, mas também de imagens evocadas por eles. É uma aventura difícil, que requer disciplina, teimosia e muita vontade de fazer, mas intensamente fascinante.

Costumo pensar uma música que estudo como uma bela peça de tricô ou crochê, que vai sendo tecida dia após dia ou como o antigo processo de revelação fotográfica no laboratório, no qual a gente vai chacoalhando a bandeja repleta de produtos químicos e a imagem vem aparecendo gradativamente no papel ao fundo do recipiente: a "apoteose" da obra vem aos poucos.

No início, a gente vai se acostumando com as notas como se fossem pequeninos e poderosos seres....depois, de tanto praticar, começa a ter intimidade com a música e a "domar" esses seres, aparentemente rebeldes. Aí então, vai percebendo na música suas frases, suas perguntas, suas respostas, enfim, seu diálogo interno, seu diálogo com quem a está interpretando e depois com o público.
Como diz minha amiga Rose, de São Paulo, "Aprender violino é arrebatar-se do cotidiano e aproximar-se do divino".

Crédito da foto aqui.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma loirona peruana para os meninos nesta sexta musical!







Depois do ai ai ai geral da mulherada na semana passada pelo Pedro Suarez Vértiz e Juan Diego Florez, darei uma colherzinha de chá para os meninos nesta sexta musical do Esquina da Sil. Atendendo a pedidos vigorosos do Daniel Sávio que tanto queria ver uma bela cantante peruana neste espaço, aqui vai a Anna Carina Copello, uma das representantes do pop de lá. Muitos devem estar estranhando a peruana loira. Mas sim, elas também marcam presença naquelas bandas. Na verdade, esse é um país muito diversificado etnicamente, embora o estereótipo que predomine seja o do indígena.

Humberto escolheu a foto aí acima dela e eu, o vídeo. Gostaram?


Crédito da foto: http://www.myspace.com/annacarinaspace

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tomando "Cocawell" em Arequipa

A tal da Cocawell...vai um pouquinho aí? Atrás, a cara de espanto de Rui pensando:
"Será que até isso ela vai provar por aqui?!"
Nossa leitura de bordo, para o próximo sobrevoo no deserto de Nasca...

Depois de passar por Nasca e Paracas, fomos a Arequipa, la ciudad blanca. Lá, encontramos coisas úteis para a próxima vez que fizermos o "Pacote Turístico das Náuseas II - O Retorno". Como por exemplo, o livro "La Nausea", de Jean Paul Sartre. Segundo o Rui, leitura de bordo bem propícia para os sobrevoos nos desenhos gigantes e linhas de Nasca. No supermercado, achei uma bebida feita à base de Coca chamada "Cocawell". O rótulo dizia que era bom para os sintomas do mal das alturas. Como adoro provar coisas novas, resolvi comprar uma garrafinha da dita cuja para experimentar. O livro acima eu não li, então não posso avaliar. Mas a tal da "Cocawell" posso falar...

Detestei! A bebida tem um sabor tão estranho que não dá nem para explicar. E essa minha frase pode chocar a muitos que me conhecem, pois costumo gostar de coisas bem exóticas...porém, essa daí nem eu gostei. Rui experimentou também e quase vomitou. Humberto tomou um golinho e também fez aquela cara de desgusting...A tal da "Cocawell" deveria se chamar "Cocabad", isso sim...

Enfim, só não joguei o conteúdo fora porque eu estava com sede e não gosto de desperdiçar bebidas. Aproveitei e tomei tudinho. Até guardei a garrafinha vazia como souvenir, ela agora está em cima de minha geladeira. Se funcionou? Ah, não sei...em Arequipa (2 mil e poucos metros) já começamos a sentir alguns sintomas de Soroche (Mal das Alturas), mas bem leves. A barra pesada mesmo para mim foi em Copacabana, na Bolívia (praticamente 4mil metros), como já contei aqui no Blog. Não dá para avaliar... só sei que, pelo menos para mim, nada substitui o velho e bom chá de coca nas grandes altitudes ou a própria dita cuja in natura, bem mascada...A tal da "Cocawell" é pós-modernidade demais para meu paladar...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ilhas Ballestas: encantada com pinguins e leões marinhos

Vejam que pele bonita...esqueci de perguntar que óleo hidratante usam :)

Meio difícil fotografar os pinguins, pois eles se confundiam muito com as rochas...

O famoso Candelabro: até hoje ninguém tem certeza de porque ele está ali...
Detalhe: foi desenhado na areia, nessa encosta aí da foto e está assim
há séculos...o vento não pega naquele local.
Humberto com um dos grandes mistérios da humanidade à esquerda.
Além do episódio de "mareos" no sobrevoo no deserto de Nasca, houve também outros. Aliás, o sul do Peru é pródigo em Paquetes turísticos de mareo (Pacotes turísticos de Náuseas). Porém, parece que o encantamento supera qualquer mal estar... No dia seguinte, fomos a Paracas, no litoral, para fazer o passeio às Ilhas Ballestas, que dá mais ou menos meia hora de barco a motor para ir e meia hora para voltar.

No início, não senti nada. Só ia curtindo a paisagem, estava tudo tranquilo. Quando chegamos próximo às pequenas ilhas, o barco, já mais devagar, começou a jogar para um lado e para outro, para um lado e para outro. Comecei a sentir algum mareo de novo. Desta vez, literalmente no mar... pensei: "Ah, não, de novo?!" Para enganar minhas próprias sensações, comecei a fazer que nem vários outros turistas estavam fazendo: fiquei em pé no barco e comecei freneticamente a bater várias fotos de leões marinhos, pinguins e outras aves que estavam por lá ou então fazer pequenas filmagens para me distrair.

Os barcos rodeiam as Ilhas Ballestas, e a gente vai curtindo o lugar, os animais em seu próprio habitat. Os primeiros leões marinhos que consegui fotografar parecia que ainda dormiam largados nas rochas. Tive a impressão que eles tinham ido pra alguma farra à noite e estavam curtindo uma ressaquinha básica. Depois, consegui fotografar alguns mais despertos, como os da foto acima. Fiquei enlouquecida quando vi vários pinguins ali pertinho dos leões marinhos. Queria levar todos para minha casa (criar pinguim em Brasília, no calorão? Ah, esquece...). Vi o momento em que um deles, muito bonitinho, tentava escorregar graciosamente da rocha para a água. Milhares de aves sobrevoavam as grandes rochas, numa linda coreografia. Perdi a noção de tempo, mas talvez os barcos tenham gastado uns 40 minutos por ali.

Na volta ao continente, surpresa: um bando enorme de pássaros fazendo um feliz barulhão apostavam corrida com nosso barco, sobrevoando ao nosso lado. Em certo momento, parecia que estávamos na mesma velocidade. Porém, depois, os bichos aceleraram e o barco acabou perdendo a corrida.

Amei esse passeio. E no final das contas, o mareo, desta vez em menor grau, ficou controlado. Eu tinha até planejado vomitar bem para fora do barco, caso fosse inevitável o ato. Assim, pelo menos, eu alimentaria os peixes...viva a reciclagem! Porém, meu encantamento com o lugar e a vontade de levar os pinguins para casa acabou me distraindo e, pelo menos daquela vez, os peixes de Paracas ficaram sem uma iguaria extra...

Um link sobre o Candelabro:

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sobrevoando o deserto de Nasca, no Peru

Essa é mais uma da série "O que estou fazendo aqui?!"

Meus amigos e familiares mais próximos sabem muito bem como não gosto de aviões. Um dos posts mais recentes da Gisele me fez lembrar de meu próprio medo. Não deixo de viajar mas fico religiosa pra caramba quando estou dentro daqueles ônibus voadores...rezo quase o tempo inteiro enquanto estou lá em cima. A sorte é que a paisagem pela janelinha vai me ajudando a distrair um pouco e minha estratégia de ficar com os pés não diretamente no chão do avião, mas encostados nas laterais também me ajuda muito.

Imaginem então como fiquei quando voei com Humberto e Rui numa daquelas miniaturas de avião por cima do deserto de Nasca, no sul do Peru...nem sei como tive coragem. O pior é que é a segunda vez que faço isso. A primeira vez que vi lá de cima os grandes desenhos e linhas daquele deserto foi em 2006. Só que naquele ano o sobrevoo que fizemos foi bem mais tranquilo: a avioneta, uma ainda menor, balançou bem pouco. Desta vez, ela balançava bastante, levando meu estômago junto nesse movimento...

Sorte que o sobrevoo dura de 20 a 30 minutos mais ou menos. Enquanto isso, eu driblava um certo mal estar prestando atenção nos grandes desenhos. Além de náuseas, ficava com receio de meu mal estar materializado sair não apenas pela boca, mas também por outra via...afinal, só havia saquinhos para vômito na aeronave, mas não fraldas para adulto...

O mais engraçado é que o Manoel, piloto de nosso aviãozinho, era super animado. Como além de nós havia também mais dois turistas, um rapaz de língua inglesa e uma garota de língua castelhana, cada vez que se aproximava de um desenho, como por exemplo, a baleia, gritava o nome de maneira trilíngue, a plenos pulmões: LA BALLENA, LA BALLENA! THE WHALE, THE WHALE! A BALEIA, A BALEIA! (Ele havia nos contado antes que chegou a trabalhar na Varig no norte do Brasil anos atrás, então falava alguma coisa de português).

Cada piloto que maneja uma avioneta destas dá uma volta pela esquerda e outra pela direita em torno de cada um dos desenhos de Nasca. Isso tudo com o aviãozinho voando meio deitado para que todos possam tirar fotos ou filmar...daí vocês tiram o tamanho de nosso mal estar que, pelo menos em mim, ainda piorava um pouco com a gritaria do piloto. Porém, para o Rui, que também já estava bem mareado, foi pior: como se sentou na frente, ao lado dele, volta e meia Manoel dava uns tapinhas em suas costas perguntando: " E aí, tudo bem?" Rui se segurando para não usar o saquinho e o piloto fazendo isso...o painel de controle estava correndo um sério risco de terminar a viagem todo sujo...Para completar nosso estado de caos, às vezes dava para ver o animado Manoel sem as mãos no manche...por isso, em certo ponto da viagem eu parei de olhar para a frente...

Já perto do final de nossa aventura, não me aguentei mais, peguei o saquinho e mandei ver. Justamente nessa hora Humberto se virou para me filmar, sem saber que eu já estava naquela situação. O interessante é que, como havia comido muito pouco naquela manhã, vomitei pura água. Saiu água até de meus olhos sem chorar...Rui também fez uso de seu saquinho, já não lembro se foi pouco antes ou pouco depois de mim. Humberto, que em seu primeiro sobrevoo havia ficado meio ruinzinho, desta vez estava bem e firme. Ainda bem, pois alguém tinha que cuidar de mim e do Rui. Humberto até conseguiu fazer várias filmagens lá de cima, coisa que da primeira vez foi impossível.

Apesar dos apertos, fazer esse sobrevoo é inesquecível. Pra mim, o interessante é que como desta vez o avião voou bem mais baixo, consegui identificar de perto os montinhos de pedra que formam os desenhos e linhas daquele deserto. Da outra vez, não consegui pegar esse detalhe. Antigamente, eu achava que eles eram formados por escavações no solo do deserto.

Quem quiser mais informações sobre os desenhos e linhas de Nasca, um dos maiores mistérios da humanidade, é só acessar os links abaixo ou então procurar no Google.

- Linhas de Nasca

- Nasca y sus lineas

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sextas musicais em meu blog: Juan Diego Florez e Pedro Suarez Vértiz!







Aí, pessoal, segundo o prometido ontem, lá vão os dois vídeos. O primeiro acima, do Juan Diego Florez cantando "Ave Maria" e o segundo, do Pedro Suarez Vértiz cantando "Como las Mariposas". Ainda não achei nos Youtubes da vida o videoclipe da música "Nadia", no qual Juan Diego faz uma participação especial nessa música de Vértiz. Porém, ela está aqui na Esquina da Sil, à esquerda, em minha parada de sucessos. É só procurar a canção e escutá-la.

Aqui, uma matéria sobre o Juan Diego Flores.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pra curar a falta de inspiração dois gatos peruanos talentosos no pedaço!

Ia fazer uma gracinha nessa foto, mas acho
que ela já está bem óbvia para as leitoras, né...
Esta semana minha falta de inspiração para escrever está de lascar...por isso, hoje resolvi botar aqui foto de dois peruanos talentosos e guapos para ver se me animo. O lá de cima, segundo a própria foto indica, é o Pedro Suarez Vértiz, cantor popular que marca presença com algumas de suas músicas na parada de sucessos do Esquina da Sil, aí à esquerda. O de baixo é o Juan Diego Flores, considerado um dos melhores tenores do mundo e, segundo alguns especialistas, o sucessor de Luciano Pavarotti. Recentemente, Flores fez participação especial numa música de Pedro, criando um bonito encontro entre o popular e o clássico.
Amanhã, sexta, dia de vídeos musicais em meu blog, vou postar um vídeo de cada um, pra alegria da Lilly.

Crédito da foto de Juan Diego Flores aqui.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...

Amanhã é aniversário de nosso amigo e incansável companheiro de viagem Rui. Por isso, eu e Humberto resolvemos homenageá-lo publicamente com a primeira música que ouvimos ao chegar no Peru, na tarde do dia 11 de junho, ao tomar o táxi no aeroporto de Lima: uma cumbia chamada "Amor Pirata", cantada por vários grupos lá. No videoclipe acima, é cantada pelos Hermanos Villacorta.

Essa música é daquelas que grudam em nossos ouvidos. O próprio Rui que o diga...de manhãzinha, na hora de tomar o café da manhã, lá vinha ele cantarolando o refrão: "Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...". Passeando pelas ruas, ele era arrebatado por um ímpeto incontrolável e soltava a plenos pulmões, quando você menos esperava, novamente o "Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...". No meio do supermercado, em meio às prateleiras, a inspiração vinha mais uma vez: "Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...". Dentro do ônibus, não se continha e..."Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...". Até mesmo em meio às ruínas de Macchu Picchu ele não resistiu e cantou para as lhamas que o miravam, curiosas: "Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...".

Rui voltou ao Brasil antes de nós, mas às vezes tínhamos a nítida impressão que ainda estava conosco cantarolando seu famoso prefixo musical: "Amor pirata, amor de contrabando, amor ilegal...". O pior é que, enquanto estou escrevendo este post, comecei sem perceber a fazer a mesma coisa...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Agora nem turista pode visitar o senado!

A página do Senado Federal continua fora do ar e hoje fiquei sabendo que proibiram as visitas de turistas ao senado sob alegação de "prevenção contra a gripe suína"(!!!!). Os caras não sabem nem disfarçar. É tipo gato que faz travessura, vai se esconder atrás da cortina e esquece o rabo de fora dela. Se é para "prevenir contra a gripe suína", então porque as visitas à Câmara dos Deputados continuam?!

Lugar de palhaço é no circo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Brincando com a água no Parque de la Reserva, em Lima

Nesses dias de umidade relativa do ar por volta dos 20% aqui em Brasília ou até abaixo disso, nas horas mais quentes do dia, venho me lembrando muito de um de meus lugares prediletos em Lima, lá no Peru: o Parque de La Reserva. Nesse parque está o Circuito Magico de las Aguas, que conta com 13 fontes ornamentais muito lindas. É o maior conjunto de fontes do mundo num parque público, e também onde podemos encontrar o maior jorro de água do mundo (80 metros), segundo o livro do Guiness de recordes mundiais. Duas das fontes são interativas, ou seja, a gente pode se meter lá dentro para brincar de fugir da água (ou se molhar, aí depende da vontade de cada um).

Nesse vídeo aí acima, filmado pelo Humberto, eu e meu primo Alex fomos brincar numa delas. O intuito é você ir chegando cada vez mais para o centro das fontes, único lugar seco dali, sem se molhar. Nem sempre dá para se adivinhar o movimento exato que elas fazem, isso fora alguns jorros de água sacanas que aparecem de surpresa atravessando o caminho ou os jorros de vapor...é muito divertido! Consegui me safar dessa quase sem me molhar, só a barriga de minha perna direita foi atingida.

Nesse mesmo parque, quase todas as noites, há um espetáculo muito lindo no qual um agrupamento de fontes baila ao som de músicas diversas, em coordenação com luzes, raios laser e algumas projeções de imagens nas águas. Tudo isso é controlado por meio de um software de computador. Para quem for a Lima, é um dos lugares imperdíveis que eu recomendo para ir à noite. Tenho um montão de fotos e outros vídeos feitos lá. Outro dia coloco mais um pouco desse material aqui para compartilhar com vocês.

Bem que nosso governo do DF podia tentar criar algo parecido. Bom...se ressuscitassem várias fontes que andam desligadas aqui em Brasília já seria ótimo...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Hoje é dia de exorcizar José Sarney!

Quando vou a um banheiro público, sempre tenho o maior cuidado para ver qual é o feminino e qual o masculino. Porém, no sábado, me ocorreu uma situação inusitada. Quando chegamos a um supermercado, resolvi ir ao WC antes, para fazer as compras mais tranquila. Lá fui eu, fiz o que tinha de fazer e, quando fui lavar minhas mãos, notei um fato estranho: um rapaz também estava lavando as suas, a umas três pias de distância de onde eu estava (!!!). Pensei com meus botões: "Putz...alguém entrou no banheiro errado...". Tentando fingir normalidade, enxuguei as mãos rapidinho e saí caminhando com asas nos pés, enquanto olhei a porta a fim de confirmar minha "suspeita": lá estava a placa "Banheiro Masculino". Como não a vi antes? Sei lá. Foi muito estranho. Acho que meus neurônios ficaram meio fora de órbita depois da overdose de café que havia tomado pela manhã (ah, isso é assunto pra outro post...). Quando encontrei Humberto, falei, morrendo de vergonha do meu mico: "Vamos pro supermercado voando, pois entrei no banheiro masculino por engano!"

Enquanto ele se acabava de tanto rir com essa, tentava entender como havia conseguido tal façanha...e também procurava compreender outra coisa muito mais complicada: se nós, digamos, pessoas comuns, morremos de vergonha por cometer uma "infração" leve dessa, como é que vários políticos não conseguem ter o mínimo de pudor de fazer certas coisas pesadas contra o próprio país? Quem explica?
E, para piorar a situação, ocorreu ou está ocorrendo algo estranho com o site do Senado Federal. Neste final de semana, por diversas vezes tentei entrar ali e não consegui: fora do ar. Na verdade, agora há pouco consegui entrar muito rapidinho e, logo em seguida, ele sumiu de novo. Vamos ver se durante o dia o site volta ao ar. Será que muitos brasileiros estão mandando toneladas de emails para o senador Paulo Duque(presidente da Comissão de "Ética" do Senado) e José Sarney demonstrando nosso descontentamento para com a situação e isso fez pifar o sistema da casa ou o próprio pessoal de lá mandou tirar do ar a página como que tentando "proteger" quem não merece?
De qualquer maneira, sugiro que todos escrevam um email para os dois demonstrando que o povo brasileiro não é palhaço.

A convite do Daniel Sávio, estou engrossando hoje as fileiras do exorcismo virtual contra Sarney, na blogagem coletiva proposta pelo blog do Ramsés para hoje, 10 de agosto.

domingo, 9 de agosto de 2009

Salmão grelhado, risoto à Piemontese e berinjela ao forno

Feliz dia dos pais a todos os papais que costumam ler este blog! Quanto a meu pai, sei que ficará muito feliz, pois o cardápio que a chef de cuisine Sil montou para hoje é composto de salmão grelhado, Risoto à Piemontese e berinjela ao forno. A sobremesa, uma de minhas irmãs vai trazer, não sei ainda o que será, mas com certeza é coisa gostosa.

Sorte que meu pai é muito magrinho e pode comer à vontade sem preocupações com a silhueta.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Senado: churrasquinho em vez de pizza vai bem

Tô cansando de ver na TV sempre a mesma cena: os senhores senadores da república se degladiando. E o barulho daquela campainha do Senado que quase já não para mais de tocar frente a tanta baixaria. Humberto hoje comentou que ela parece alerta de incêndio. De uma certa maneira, realmente, não deixa de ser. Só quero saber QUEM vai apagar o fogo de vez. Mas, pensando bem, o fogo se apaga e o mal feito fica. O ideal mesmo seria aproveitá-lo para fazer um churrasquinho dos sem escrúpulos, pois de pizza está todo mundo cheio...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Esbarrei com o meu passado numa rua de Lima

Quando minha irmã caçula Ju ler este post, com certeza vai morrer de rir. Ela adora tirar onda comigo porque sou a mais velha das quatro. Até inventou um mote esculhambativo anos atrás que se espalhou por metade de Brasília, pelo menos: "tal coisa ou tal pessoa é da época que a Silvana era jovem" (!!!!). Outro dia ela até me comentou que havia feito uma importante descoberta. Disse-me, em tom categórico: "os Pterodáctilos foram animais de sua infância"(!!!).


Essa foto Humberto bateu de mim enquanto fazíamos um de nossos costumeiros passeios noturnos pelas ruas de Lima. Numa dessas, nos deparamos com esse painel aí. Em resposta à pergunta que lá está, o pior é que eu me recordo sim (!!!). Porém, não consigo ter saudade da máquina de escrever, prefiro mesmo o computador apesar de detestar o mouse, coisa que a primeira não tinha...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Que tal criarem o Google Psicologia também?


Semana passada morri de rir mais uma vez com o Feedjit...alguém de Lisboa, Portugal, chegou em meu blog colocando o seguinte no Google: "Como aturar um marido chato". Só que por aqui a pessoa não encontrou a tão esperada resposta para sua pergunta. A coitada foi parar num post sobre absorventes masculinos (!!!). Qual a relação entre uma coisa e outra? Sei lá, pergunte ao São Google qual a mirabolância que ele fez para chegar ali. Talvez ache que marido chato seja aquele absorvente, que fica no pé da esposa, vá saber...

Já que o São Google tem tantas opções: Google tradutor, Google Imagens, Google Mapas, Google Acadêmico e assim por diante, bem que ele poderia criar também o Google Psicologia ou Google Terapia de Casais. Assim resolveria questões como a colocada acima...

Só pra constar: não parei com minhas narrativas de viagem. Só estou dando um tempinho, pois essas gosto de escrever sempre colocando algumas fotos junto e ando com muita preguiça de selecioná-las. Assim que der na telha, volto com as peruanidades, ok.

Crédito da foto aqui.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Como faz pra baixar o volume desse povo?

O apartamento acima do nosso está em reformas e, pelo jeito, a equipe de pedreiros trabalha a todo vapor. É um tal de quebra para cá, quebra para lá que, às vezes, confesso, tenho um certo receio que parte de nosso teto fique esburacado ou até mesmo que um dos rapazes despenque cá embaixo...bom, qualquer coisa, se isso acontecer, ofereço uma cerveja geladinha pro moço, já que os dias aqui andam muito quentes e secos.

Por incrível que pareça, essa barulheira não me incomoda. Eu fico é curiosa para saber exatamente como será o feitio desse apartamento reformado, se vão colocar blindex, de que cor vão pintar, essas coisas. Muitos de vocês vão pensar que sou louca. Acertaram: sou mesmo.

Em compensação, experimentem falar em voz alta embaixo de minha janela altas horas da noite para ver o que acontece...tenho profunda e intensa repulsa pelas vozes em volume máximo de algumas pessoas que, vira e mexe, ficam bebendo um tempão perto aqui do bloco e conversando como se estivessem num estádio de futebol. Nada contra bebida, eu também adoro beber de vez em quando (aliás, deu pra perceber no primeiro parágrafo, né). O que acho um saco é elas se esquecerem que não estão em sua própria casa e muita gente precisa dormir, né. Simples assim. É aquela velha história de "faça o que quiser, mas não prejudique o outro". Para completar, volta e meia alguns largam suas garrafinhas jogadas no gramado, em vez de deixá-las numa lixeira que fica a, no máximo, uns dez passos dali...

Bem que dá vontade, mas não ouso pedir de minha janela para baixar o tom de voz. Você corre o risco de ficar marcado, de jogarem pedra em sua janela e sabe-se mais lá o quê. Chamar a polícia? Já fiz isso duas vezes e ninguém apareceu...o que fazer numa situação dessas?