Mostrando postagens com marcador Cartagena. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cartagena. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Na Colômbia, busetas andam por todos os lados...

Ao contar isto para um amigo daqui de Brasília ele ficou todo animadinho para conhecer a Colômbia. Contei ao rapaz que há uma verdadeira profusão delas por lá, desde as muito velhas, as mais ou menos velhas e também as novas, indo para quase todos os lugares. Muitas super apertadas, outras mais espaçosas (se bem que essa condição dependia muito do horário). E em Cartagena, como são calientes! Inclusive flagramos uma quase em chamas no meio da rua, causou um verdadeiro alvoroço... E diferente do que ocorre aqui, são de uma profusão de cores impressionante, sendo que algumas delas contam com o luxo de terem cortinas também coloridas para proteger seu interior do sol: um detalhe fashion de fazer inveja a qualquer Victor Valentin da vida....

Calma, pessoal, calma...a essas alturas, muita gente por aí deve estar escandalizada depois de ler o título deste post. Porém, apresso-me em avisar: buseta (faço questão de frisar: com "S") na Colômbia é microônibus, ônibus pequeno, nada mais que isso...


Crédito das fotos: eu e Humberto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MacGyver nos salvou da merda na Colômbia!

Hoje eu ia contar mais sobre Medellin, mas não resisti a narrar logo um fato pitoresco pelo qual passamos no hostal na cidade de Cartagena. Bom, atualmente volta e meia ficamos confusos com certos procedimentos nos banheiros como, por exemplo, qual o local certo para descartar o papel higiênico. Aqui em Brasília há alguns banheiros de lugares públicos nos quais você deve jogar o papel dentro do vaso. Em outros, o lugar certo é a lixeira. É fogo, a gente deve estar sempre atento procurando as placas com as indicações para não fazer besteira...
Bom, chegando no hostal de Cartagena, simplesmente esqueci de procurar alguma indicação ou verificar o tipo de instalação e joguei papel dentro do vaso. Resultado: quando Humberto foi usar o banheiro, o problema apareceu....o nível da água subiu e com ele...bem, não vou explicitar aqui o restante, vocês podem adivinhar o desastre. Esperamos um pouco a água baixar e nada. Por sorte que, pelo menos, não transbordou...


Que vergonha! Fomos ao supermercado e compramos um potinho de soda cáustica granulada. Humberto, cuidadosamente, foi colocando um pouco do produto no vaso. Ele conta que lá dentro ocorreu uma borbulhada mas não acontecia mais nada. Era preciso dar um jeito de "empurrar" tudo aquilo que estava barrando a descida da água... Foi aí então que teve uma brilhante e espantosa idéia: tirou do encaixe um pedaço de canaleta plástica da parede do quarto e com ela, aos poucos, foi remexendo aquela água já turvada pela ação da soda sobre papéis e matéria orgânica, e conseguiu desentupir o vaso.


Graças à soda cáustica, a canaleta ficou no estado que vocês estão vendo na foto. Mas, pelo menos, depois de terminada a façanha, Humberto deu uma higienizada nela e voltou a encaixá-la na parede, onde voltou, plácida e discretamente, a desempenhar seu papel original. A paz e a normalidade voltaram a reinar naquela suíte.


Como Humberto teve a idéia de salvar o banheiro e, sobretudo, nos salvar desta forma? Ah, ele assistia ao MacGyver na TV anos atrás...podemos dizer que esse personagem, literalmente, nos salvou da merda na Colômbia!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cartagena de Índias: programa "de índio"

De Bogotá (graças a Deus!)


Depois de um longo sumiço blogal, volto triunfalmente, com meus neurônios queimados já quase totalmente recuperados da sensação térmica de quase 40 graus lá da cidade de Cartagena. Definitivamente, não serviria nunca para morar em lugares demasiadamente quentes e úmidos. Com Humberto, acontece o mesmo. Não sou muito fã de ar condicionado, mas lá a gente dormia com ele ligado a noite inteira para conseguir dormir. Em nosso último dia em Cartagena, chegamos a correr pra um shopping e lá ficamos por horas olhando vitrines e comprando umas coisinhas no supermercado. Tudo isso pra escapar do calorão.
Pôr do sol: a praia é linda! A areia é estranha, os vendedores são um saco, mas o visual é demais!

Calor pra nós só é bom quando estamos dentro da água. Fomos à praia lá e curtimos legal, apesar da chatice dos vendedores. Tudo bem que isso existe em todo lugar, o pessoal que vende coisas na praia precisa sobreviver, coisa e tal...mas o que nos incomoda é a demasiada insistência deles, haja chatice! Conseguem ser piores do que os de Porto Seguro, aqui no Brasil. Teve um dia que, enquanto Humberto estava no mar, botei os óculos escuros (que ele havia comprado de um desses vendedores mais insistentes para se livrar dele) e fingi que dormia para ter algum sossego. Até que isso funcionou razoavelmente, fiquei bem mais em paz, mas acreditam que teve um vendedor que ficou me chamando em voz alta para oferecer a mercadoria dele mesmo eu estando oficialmente adormecida? Para me vingar, continuei assim e nem fiz menção de "acordar"...
Urubus no Parque Centenário - quase um depósito de lixo...

Sobre a cidade de Cartagena, ela é tombada pelo patrimônio histórico da UNESCO. Se não me engano, é considerado um dos maiores conjuntos arquitetônicos coloniais da América Latina e dizem que é o principal destino turístico da Colômbia. Antes de sair do Brasil ouvi tanta badalação em torno de Cartagena que, quando lá chegamos, eu e Humberto compartilhamos de um mesmo sentimento de decepção. O centro histórico de lá é, em grande parte, bonito sim, mas está muito largado. Várias ruas são sujas, muitas fedem a urina, outras a esgoto, outras conseguem ter os dois odores ao mesmo tempo, facilmente você encontra lixo espalhado em vários lugares, nem todas as casas estão bem conservadas. Para completar, não há escoamento de águas eficiente por ali, é só chover bastante que alguns lugares ficam encharcados. Quanto à parte nova da cidade, é normal, se parece com várias cidades de praia pelo mundo afora: cheia de prédios altos perto do mar. Nada demais. Porém, compartilha de um problema em comum com seu centro histórico: a falta de um bom escoamento de águas quando chove muito.
Inundações no campo de futebol ao lado das muralhas, e em rua próxima à praia, na cidade "nova" - isso 2 dias após a chuva mais forte...

Em suma: nossa impressão geral sobre Cartagena pode ser resumida por meio de uma cena que vimos enquanto caminhávamos à noite por suas ruas. Começamos a escutar uma música clássica em volume altíssimo, vinda não sabíamos de onde. Resolvi descobrir de onde vinha. Caminhando mais um pouco, olho para cima e descubro a origem: era de uma escola de ballet que ficava no segundo andar de uma daquelas casas coloniais. Sentimos uma baita "dissonância cognitiva": a leveza das meninas dançando ao som de uma bela música junto ao cheiro forte de xixi e esgoto que emanava daquela rua...
Placa "bem"indicativa, tanto do monumento quanto do seu estado de abandono, largaram até uma sandália por lá...

Enfim, se os colombianos não quiserem que Cartagena perca o título da UNESCO, as autoridades e também a população vão ter de dar uma ajeitada em várias coisas por lá. Uma verdadeira pena que esteja do jeito que está. Para mim, por enquanto, essa cidade é puro Marketing para gringos. Ou um diamante jogado numa lixeira...

Crédito das fotos: Eu e Humberto.