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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rumo à cidade do buraco dos mineiros

Daqui a pouco pegamos o ônibus para a cidade de Copiapó, já na região do Deserto do Atacama. Por aqui, além do frio, hoje veio também a chuva para complementar o cenário. Estamos cansados e com sono, estou louca para me instalar no ônibus e dormir um monte!

Copiapó é a cidade perto do buraco onde 33 mineiros ficaram presos no ano passado. Diz Humberto que quer se enfiar lá dentro para ver como é. Porém, curiosidade tem limites, né (ou deveria ter). Fiquem tranquilos, não permitirei tal ato de loucura...

Os strip teases diários em Santiago

O paradoxo do gelo e do sol juntos: foi o que vivemos anteontem, quando nos aventuramos pelo Cerro Colorado, uma estaçao de Ski que fica a cerca de uma hora de Santiago. O lugar é lindo, quando a preguiça e a conexao de internet assim o permitirem, postarei algumas fotos aqui no blog para compartilhar essa beleza natural com vocês. Foi até engraçado: a princípio, pensávamos que iria sentir frio lá em cima. Que nada: em alguns momentos, sentíamos o sol queimar nossos rostos e tínhamos que passar filtro solar várias vezes para evitar maiores danos.

As aparências enganam...quem diria. Ontem, sentimos mais frio andando pelas ruas de santiago do que là em cima, no cerro cheio de gelo. A temperatura anda baixando drasticamente. A mínima aqui anda por volta de zero grau ou um grau e a màxima, em torno de uns 14 graus. Eu e Humberto adoramos frio. Porém, há uma coisa bem chatinha no cotidiano de uma cidade onde faz bastante frio: o exercício diário de vários "strip teases" . Nao, nao se trata de nenhuma terapia sexual. Explico melhor: é que, se você está na rua, naturalmente está todo encapotado. Porém, ao entrar em vários espaços fechados, tem que sair tirando quase todas as blusas e casacos, senao torra de tanto calor por conta da calefaçao...é um tal de tira roupa, poe roupa que você pode chegar a se entediar...eu preferiria que fosse frio em todos os lugares logo de uma vez, assim nao teríamos esse trabalho.

Bom, amanha provavelmente tomaremos um onibus para o deserto do Atacama. Quando der, darei mais notìcias. Aguardem!

PS: Como hoje estou escrevendo de um cyber café porque a internet wi fi do hostal onde estamos deu pau, nao tenho como botar os acentos til das palavras aqui, antes que alguém me pergunte....

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Feliz cumpleaños, Lima!



Ontem foi aniversário de Lima, capital do Peru, minha outra pátria querida! Talvez eu poderia chamá-la também de a "São Paulo peruana". Enorme e multifacética, a cidade tem atrações para todos os gostos, desde museus e belas igrejas até caminhadas por praças, parques, bons restaurantes, boates, esportes, dentre tantas opções, até mesmo ruínas de civilizações passadas dentro da própria cidade (as "Huacas").

Para quem aprecia a boa gastronomia, Lima é um paraíso. A diversidade cultural peruana é refletida na comida, tão sortida como a brasileira, porém com o tempero e a pimenta geralmente um pouquinho mais caprichados. Aliás, por falar em comilanças, a única filial na América do Sul da célebre escola francesa de culinária Cordon Bleu está em Lima. Além dos cursos tradicionais, a instituição também oferece periodicamente aulas demonstrativas e oficinas. Tomara que um dia eu consiga participar de um desses eventos. Aliás, esse país é o responsável por eu passar a gostar de cozinhar de uns quatro anos para cá....

Além da grande culinária, o Peru também tem fama de ser um país com grandes altitudes. Porém, Lima justamente quebra esse estereótipo, pois se localiza na costa peruana, ali juntinho do Oceano Pacífico. Aproveitando o "link": para quem gosta de estar nas alturas, uma boa opção é voar de parapente por cima dos penhascos da Costa Verde e do mar.

Feliz cumpleaños, Lima!

PS: Não deixem de ver o vídeo sobre a cidade!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vamos tomar um golim de golim?

Semana passada, quando viajamos ao interior de Minas Gerais para visitar os pais do Humberto, paramos para abastecer o carro e comprar alguma coisinha de comer em Paracatu. De repente, vi um curioso e pequenino frasco de plástico com o nome "Golim" no rótulo. Era uma cachacinha. Na hora de pagar, perguntei à moça do caixa: essa pinga é boa? Ela mexeu levemente a cabeça e disse que não. Mesmo assim, resolvi levar o tal "porre em miniatura", pois não sabia se a vendedora era extremamente honesta ou se, simplesmente, não tinha o hábito de tomar umas de vez em quando.

Horas depois, lá em Bambuí, no sítio de Seu Antonio e D. Déa, compartilhei com meu sogro a tal bebida. E não é que era bonzinho o danado do Golim? Daqui a alguns dias voltaremos lá. Acho que vou é aproveitar para comprar vários Golins desta vez...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Alguns flagras de uma gata colombiana: Mary!

Por isso tenho inveja dos gatos...
E por falar em gatos com vida mansa, esse exemplar aí da foto atende pelo nome de Mary e é a mascote do hostal no qual ficamos em Medellin, na Colômbia. Muito sociável, parecia ajudar a recepcionar os hóspedes. Não sei se ela sentiu cheiro da MaluCat e da Pantera na blusa de frio que Humberto deixou em cima da mesa. Talvez seja uma hipótese para tamanho ato de folga. Mary ali se instalou confortavelmente, sem fazer a mínima menção de sair, enquanto eu e ele acessávamos um pouco a internet. Em certo momento virei delicadamente a blusa na mesa mas a gata continuou dormindo. Tentei de novo e o máximo que ela fez foi me espiar com os olhos semi-cerrados e voltar a dormir...




Mary dormindo e eu acessando a internet...

Houve um dia em que a bichinha surgiu como que por encanto depois de eu abrir um pacote de bananas chips. Como se não bastasse sua aparição surpresa, ela pula para a mesa e fica postada à minha frente, sem cerimônia e com olhar incisivo.Parecia me falar: ei, eu também quero comer esse salgadinho aí, cadê o meu? Não resisti e dei uma para ela que, quase automaticamente, a devorou...

Mary sobe na mesa para ganhar banana chips!

Por essas e outras adoro os gatos. Eles são como o futebol: uma caixinha de surpresas!
Mary em pose exclusiva para o Esquina da Sil...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Carrego um pedaço de cada lugar por onde passo...



Ontem explodiram um carro-bomba perto do prédio da Rádio Caracol, em Bogotá, uma das principais lá da Colômbia. A notícia talvez não nos chamasse tanto a atenção assim se não fosse o fato de termos voltado faz alguns dias de lá. Para mim, um dos pontos negativos de se viajar pelo mundo é que, quando fico sabendo de uma notícia ruim referente a um lugar pelo qual já passei, o fato me faz ficar mais próxima daquela realidade, antes distante. É inevitável isso. Parece que crio uma espécie de apego aos lugares, sei lá. Minha perspectiva naturalmente muda. Humberto compartilha também dessa percepção e sentimento. O prédio da Rádio Caracol fica no bairro de Chapinero. Reconheci facilmente o edifício pois passamos de ônibus ao lado dele, indo ao shopping ao qual me referi no post de ontem.

Por estes dias, também tivemos esse sentimento quando soubemos de mais um acidente numa mina de carvão lá no Chile. Dois dias antes de voltar ao Brasil, entramos numa Mina de Sal no interior da Colômbia (ainda contarei essa experiência aqui no blog) e, desde então, ao sentir na pele só um pouquinho de como seria o cotidiano laboral debaixo da terra, aumentou nosso respeito e admiração para com essa categoria de trabalhadores.

Acho que carrego comigo, de alguma maneira, um pedaço de cada lugar por onde passo...

Aproveito e deixo, em nossa sexta musical desta semana, um vídeo do cantor colombiano Carlos Vives como uma flor de paz no ciberespaço.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O tal do lugar "misterioso" em Bogotá é um shopping!

Enfim, solucionado o mistério.... A Clara achou que a foto, postada há uma semana atrás, fosse de algum lugar espiritual ou místico, ou ainda de algum lugar politicamente importante da Colômbia A Ana Maria aventou a possibilidade de ser a casa do escritor Gabriel Garcia Marquez. Quem mais se aproximou da resposta foi o Daniel Sávio: ele pensou que eu estivesse numa loja. Na verdade, eu estava ao lado de uma loja, mas no shopping center Hacienda Santa Bárbara, no bairro de Usaquén, em Bogotá.


O Hacienda Santa Bárbara é uma construção muito curiosa. Vínhamos caminhando há várias ruas e Humberto disse, em certo momento: olha, lá está o shopping! Confesso que fiquei procurando, procurando, mas nada que eu via pela frente me fazia lembrar um shopping, pelo menos não no formato tradicional ao qual estou acostumada. Andamos um pouco mais, chegamos numa avenida grande, perto de um semáforo. Lá estava o shopping que, na verdade, à primeira vista, parece um casarão colonial de fazenda. E, de fato, há muitos anos, parte dele realmente pertencia a uma fazenda naquela região.


Atravessamos a rua e pensei que aquele tal shopping diferente deveria ser bem pequenininho. Entramos nele e, ao começar a caminhar por seus corredores, começamos a perceber que estávamos redondamente enganados. Ou melhor, "labirinticamente" enganados...quando a gente começou a passar mais de uma vez num mesmo corredor sem querer, vimos como seria preciso ser um "iniciado" para andar ali dentro sem se perder. Ao nos depararmos com o mapa de apenas um dos níveis daquele shopping, aí tivemos a certeza de onde fomos nos meter...Aliás, quem quiser ver os mapinhas dos três níveis desse centro comercial para entender melhor do que estamos falando, é só acessar o site do Hacienda Santa Bárbara.

Gostei muito de ter passeado ali. Gosto de apreciar diferentes arquiteturas, sobretudo as que me trazem surpresas, como foi o caso desse shopping: por fora, parecia apenas um casarão de fazenda. Por dentro, é um imenso labirinto de lojas, entremeado por vários pequenos e bonitos jardins e até mesmo um cantinho com uma imagem de Nossa Senhora. É interessante ver como a religiosidade se manifesta lá na Colômbia até mesmo num templo de consumo. Aliás, por falar em religiosidade, ainda tenho que postar aqui no blog a foto de uma espécie de altar cheio de velas numa área central da rodoviária da cidade de Medellin.




Gente, só não entendi porque é proibido bater fotos no Hacienda Santa Bárbara. Depois de já ter batido várias, um segurança se aproximou de nós e disse que não era permitido fazer isso lá dentro. Tarde demais...


Crédito das fotos: eu e Humberto

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Em Bogotá vimos a "Sopita del Carajo"!


Certa noite, estávamos caminhando por Bogotá quando, de repente, nós nos deparamos com essa pequena carruagem fazendo propaganda de um estabelecimento chamado "Sopitas del Carajo". Fiquei bem curiosa para conhecer o lugar, mas Humberto comentou que não tinha vontade alguma de provar dessa tal sopa...Tudo bem, ele escapou, naquela noite não teríamos mesmo como parar ali, pois tínhamos um encontro marcado com uma amiga minha num restaurante no Parque 93 e ainda faltavam umas quadras para chegar.

Atendendo a inúmeros pedidos, em meu post de amanhã, quinta-feira, revelarei em que lugar Humberto bateu aquela foto "misteriosa" que coloquei aqui há uma semana atrás. Portanto, hoje é a última oportunidade para alguém tentar acertar, pois até agora ninguém conseguiu. Aliás, uma pessoa talvez tenha "passado relativamente perto" da alternativa. Pensando bem, fiz uma sacanagem danada com os leitores, pois essa charada creio que só adivinha quem já esteve nesse lugar...aguardem o dia de amanhã (ai, como é bom fazer suspense!!!).

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Na Colômbia, busetas andam por todos os lados...

Ao contar isto para um amigo daqui de Brasília ele ficou todo animadinho para conhecer a Colômbia. Contei ao rapaz que há uma verdadeira profusão delas por lá, desde as muito velhas, as mais ou menos velhas e também as novas, indo para quase todos os lugares. Muitas super apertadas, outras mais espaçosas (se bem que essa condição dependia muito do horário). E em Cartagena, como são calientes! Inclusive flagramos uma quase em chamas no meio da rua, causou um verdadeiro alvoroço... E diferente do que ocorre aqui, são de uma profusão de cores impressionante, sendo que algumas delas contam com o luxo de terem cortinas também coloridas para proteger seu interior do sol: um detalhe fashion de fazer inveja a qualquer Victor Valentin da vida....

Calma, pessoal, calma...a essas alturas, muita gente por aí deve estar escandalizada depois de ler o título deste post. Porém, apresso-me em avisar: buseta (faço questão de frisar: com "S") na Colômbia é microônibus, ônibus pequeno, nada mais que isso...


Crédito das fotos: eu e Humberto.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Onde estou?

Vamos ver se alguém adivinha exatamente em que parte da Colômbia estou na foto acima...esta que, teoricamente, não deveria ser tirada pois, logo após minha pose faceira, um segurança foi falar conosco que não poderíamos sacar fotos lá. Tarde demais, pois a gente já tinha tirado várias no tal lugar...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MacGyver nos salvou da merda na Colômbia!

Hoje eu ia contar mais sobre Medellin, mas não resisti a narrar logo um fato pitoresco pelo qual passamos no hostal na cidade de Cartagena. Bom, atualmente volta e meia ficamos confusos com certos procedimentos nos banheiros como, por exemplo, qual o local certo para descartar o papel higiênico. Aqui em Brasília há alguns banheiros de lugares públicos nos quais você deve jogar o papel dentro do vaso. Em outros, o lugar certo é a lixeira. É fogo, a gente deve estar sempre atento procurando as placas com as indicações para não fazer besteira...
Bom, chegando no hostal de Cartagena, simplesmente esqueci de procurar alguma indicação ou verificar o tipo de instalação e joguei papel dentro do vaso. Resultado: quando Humberto foi usar o banheiro, o problema apareceu....o nível da água subiu e com ele...bem, não vou explicitar aqui o restante, vocês podem adivinhar o desastre. Esperamos um pouco a água baixar e nada. Por sorte que, pelo menos, não transbordou...


Que vergonha! Fomos ao supermercado e compramos um potinho de soda cáustica granulada. Humberto, cuidadosamente, foi colocando um pouco do produto no vaso. Ele conta que lá dentro ocorreu uma borbulhada mas não acontecia mais nada. Era preciso dar um jeito de "empurrar" tudo aquilo que estava barrando a descida da água... Foi aí então que teve uma brilhante e espantosa idéia: tirou do encaixe um pedaço de canaleta plástica da parede do quarto e com ela, aos poucos, foi remexendo aquela água já turvada pela ação da soda sobre papéis e matéria orgânica, e conseguiu desentupir o vaso.


Graças à soda cáustica, a canaleta ficou no estado que vocês estão vendo na foto. Mas, pelo menos, depois de terminada a façanha, Humberto deu uma higienizada nela e voltou a encaixá-la na parede, onde voltou, plácida e discretamente, a desempenhar seu papel original. A paz e a normalidade voltaram a reinar naquela suíte.


Como Humberto teve a idéia de salvar o banheiro e, sobretudo, nos salvar desta forma? Ah, ele assistia ao MacGyver na TV anos atrás...podemos dizer que esse personagem, literalmente, nos salvou da merda na Colômbia!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Luvas de plástico para comer frango assado e pés descalços no parque

Vejam minha alegria ao comer frango assado no Parque de los Piés Descalzos, em Medellin! Super práticas e higiênicas essas luvas de plástico fininho descartável tipo sacolinha transparente de supermercado. Adorei! Sou do tipo que adora comer frango assado com as mãos, mas tem uma preguiça danada de lavá-las depois, isso sem contar que o cheirinho da ave custa um pouco a sair.
Nota 10 para a idéia!
O engraçado é que "protegi" as mãos para comer frango assado lá, mas em compensação aquele parque foi feito para "desproteger" os pés...a proposta é a de uma experiência relaxante e perceptiva de deixar os pés livres, sentindo a areia, as pedras, a água...lá há diferentes espaços para esquecer um pouco do stress do cotidiano. O interessante é que o Parque de los Piés Descalzos está localizado justamente ao lado do Edifício Inteligente das Empresas Públicas de Medellin (EPM), um prédio no qual tudo é controlado por computadores: a água, a luz, o ar condicionado, etc. É a convivência do ultra-moderno com a natureza e o encontro consigo mesmo. Além do mais, há uma série de outros prédios administrativos e de negócios próximos a esse parque. Isso me passou bem a impressão do "Tá muito estressado? Desce lá no parque e vamos aliviar a barra...".
Eu e Humberto aproveitamos para tirar nossos calçados de viagem, meias e mandamos ver. Ai que aguinha gostosa aquela...a quem já está se perguntando como é a limpeza daquele espaço, já aviso que tudo é devidamente higienizado. Tivemos a sorte de passar ali uma segunda vez e vimos o pessoal tratar o local.
Bem que poderiam criar uns espacinhos parecidos no Setor Bancário Sul, aqui em Brasília, acho que não seria tão difícil... Espelho de água lá já tem. O que faltaria é incrementá-lo com o mesmo sistema de limpeza de Medellin pra gente poder colocar os pés. Ficaria bem chevere!*

* Chevere: gíria que significa: "legal", "bacana", falada na Colômbia, Panamá, Peru, Equador, Venezuela e mais alguns outros países da América Latina.


Crédito das fotos: eu ou Humberto

sábado, 31 de julho de 2010

Voando sobre as favelas de Medellin



Enquanto não tomo coragem de subir para o Youtube alguns de nossos vídeos de viagem, "tomo emprestado" este que achei hoje sobre o Metrocable de Medellin, um dos meios de transporte massivos mais interessantes que já vimos e experimentamos. Já falei do Metrocable num post anterior, mas a coisa nos pareceu tão peculiar, moderna e, sobretudo, digna para com a população mais carente que resolvi "reforçar sua propaganda" aqui, mais uma vez.

Aos amigos e primos que me pedem para ver logo algumas fotos que tiramos na Colômbia no Orkut e Facebook, peço vossa paciência. Logo tentarei romper este meu "casulo preguiçal" e disponibilizar algum material imagético pelas vias anteriormente citadas...Claro que vou aproveitar várias fotos para meus futuros posts também. O que me dá preguiça atualmente nem é escrever, isso eu faço rapidinho. O "nó" está justamente em escolher as fotos para os textos...ai ai! Segundo Humberto, fizemos cerca de 1.600 fotos na viagem, isso fora os vídeos gravados que tenho até medo de contar quantos são. E isso porque não batemos foto de absolutamente tudo o que achamos interessante...

No fundo, isso é vontade de agarrar as culturas, as paisagens, os momentos com toda a força do fundo da alma. Vontade de agarrar e guardar bem lá no fundo para não perder. Para eternizar. Acho que descobri um dos motivos chaves de eu voltar tão cansada dessas viagens de mochilão. Além de nossas caminhadas infindáveis quase diárias e o esforço para se comunicar em outra língua todo o tempo, sinto essa gana louca de não querer perder nada, de querer ver tudo, de aprender coisas novas o tempo inteiro e devorar a realidade com todos os sentidos possíveis...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

De volta da Colômbia, tentando retomar o ritmo

Pessoal, estamos de volta. Chegamos no sábado. O voo entre Bogotá e São Paulo foi ótimo, tranquilo, com a lua cheia iluminando o pouco de paisagem que via pela janela. Aproximadamente umas três horas seguidas de pura selva amazônica, isso eu já tinha contado na ida, mais duas horas e meia para completar o trecho: cinco horas e meia de viagem. Lembro-me que cochilei um tantinho e quando me despertei e olhei pela janela, a grande floresta já tinha ficado para trás: deu para perceber um céu bem enfumaçado, provavelmente pela longa ausência de chuvas de parte do Centro Oeste. Pouco a pouco, a neblina seca vai deixando de ser tão pesada e também a gente começa a observar a presença de algumas cidades e vilas com mais frequência.

Cheguei a duplamente viajar: além da viagem propriamente dita da "vida real", eu ficava "viajando" em minha imaginação, refletindo como esse ato tão comum para tanta gente, que é viajar de avião, na verdade é algo muito louco e transgressor...pois lá estávamos nós voando sentados em cima da linda amazônia colombiana e brasileira, em plena noite de lua cheia...pensava na imensa diversidade de animais, plantas e rios que deveriam existir naquela região. Pensava nas etnias indígenas que deveriam estar ocultas naquelas terras, pensava nas raras cidadezinhas que dava pra avistar da janela do avião e imaginava como deveriam ser vistas de perto. Enfim, eu estava presa naquela aeronave, espremida numa poltrona, quase sem poder me mexer devido ao reduzido espaço da classe econômica, sobretudo para quem cresceu além da conta, como eu. Porém, meu pensamento livre voava numa velocidade bem superior à daquele avião...

Chegando em Sampa, pegamos o voo a Brasília umas horas depois. Por incrível que pareça, a única turbulência grande da viagem foi na aterrissagem. Só não fiquei mais assustada porque já sabia que, geralmente, durante o dia, descer de avião por aqui é assim mesmo, a não ser que você aterrisse de noite, que costuma ser bem tranquilo, ou logo de manhãzinha. Uma vez vi um piloto comentar que isso acontece por conta de correntes de vento, coisa e tal, não lembro direito da explicação. Só sei que, quando a aeronave parou, fiquei numa felicidade incontida. Quase saí pulando e fazendo cambalhotas pelo corredor de tanta alegria...ninguém merece aqueles momentos de tortura.

Agora, pouco a pouco, estamos retornando ao ritmo normal. Este blog também. Aguardem mais narrativas colombianas por aqui.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cartagena de Índias: programa "de índio"

De Bogotá (graças a Deus!)


Depois de um longo sumiço blogal, volto triunfalmente, com meus neurônios queimados já quase totalmente recuperados da sensação térmica de quase 40 graus lá da cidade de Cartagena. Definitivamente, não serviria nunca para morar em lugares demasiadamente quentes e úmidos. Com Humberto, acontece o mesmo. Não sou muito fã de ar condicionado, mas lá a gente dormia com ele ligado a noite inteira para conseguir dormir. Em nosso último dia em Cartagena, chegamos a correr pra um shopping e lá ficamos por horas olhando vitrines e comprando umas coisinhas no supermercado. Tudo isso pra escapar do calorão.
Pôr do sol: a praia é linda! A areia é estranha, os vendedores são um saco, mas o visual é demais!

Calor pra nós só é bom quando estamos dentro da água. Fomos à praia lá e curtimos legal, apesar da chatice dos vendedores. Tudo bem que isso existe em todo lugar, o pessoal que vende coisas na praia precisa sobreviver, coisa e tal...mas o que nos incomoda é a demasiada insistência deles, haja chatice! Conseguem ser piores do que os de Porto Seguro, aqui no Brasil. Teve um dia que, enquanto Humberto estava no mar, botei os óculos escuros (que ele havia comprado de um desses vendedores mais insistentes para se livrar dele) e fingi que dormia para ter algum sossego. Até que isso funcionou razoavelmente, fiquei bem mais em paz, mas acreditam que teve um vendedor que ficou me chamando em voz alta para oferecer a mercadoria dele mesmo eu estando oficialmente adormecida? Para me vingar, continuei assim e nem fiz menção de "acordar"...
Urubus no Parque Centenário - quase um depósito de lixo...

Sobre a cidade de Cartagena, ela é tombada pelo patrimônio histórico da UNESCO. Se não me engano, é considerado um dos maiores conjuntos arquitetônicos coloniais da América Latina e dizem que é o principal destino turístico da Colômbia. Antes de sair do Brasil ouvi tanta badalação em torno de Cartagena que, quando lá chegamos, eu e Humberto compartilhamos de um mesmo sentimento de decepção. O centro histórico de lá é, em grande parte, bonito sim, mas está muito largado. Várias ruas são sujas, muitas fedem a urina, outras a esgoto, outras conseguem ter os dois odores ao mesmo tempo, facilmente você encontra lixo espalhado em vários lugares, nem todas as casas estão bem conservadas. Para completar, não há escoamento de águas eficiente por ali, é só chover bastante que alguns lugares ficam encharcados. Quanto à parte nova da cidade, é normal, se parece com várias cidades de praia pelo mundo afora: cheia de prédios altos perto do mar. Nada demais. Porém, compartilha de um problema em comum com seu centro histórico: a falta de um bom escoamento de águas quando chove muito.
Inundações no campo de futebol ao lado das muralhas, e em rua próxima à praia, na cidade "nova" - isso 2 dias após a chuva mais forte...

Em suma: nossa impressão geral sobre Cartagena pode ser resumida por meio de uma cena que vimos enquanto caminhávamos à noite por suas ruas. Começamos a escutar uma música clássica em volume altíssimo, vinda não sabíamos de onde. Resolvi descobrir de onde vinha. Caminhando mais um pouco, olho para cima e descubro a origem: era de uma escola de ballet que ficava no segundo andar de uma daquelas casas coloniais. Sentimos uma baita "dissonância cognitiva": a leveza das meninas dançando ao som de uma bela música junto ao cheiro forte de xixi e esgoto que emanava daquela rua...
Placa "bem"indicativa, tanto do monumento quanto do seu estado de abandono, largaram até uma sandália por lá...

Enfim, se os colombianos não quiserem que Cartagena perca o título da UNESCO, as autoridades e também a população vão ter de dar uma ajeitada em várias coisas por lá. Uma verdadeira pena que esteja do jeito que está. Para mim, por enquanto, essa cidade é puro Marketing para gringos. Ou um diamante jogado numa lixeira...

Crédito das fotos: Eu e Humberto.

domingo, 11 de julho de 2010

Metrocable: solução diferente para o transporte público em Medellin

Uma das coisas que mais surpreendeu a gente aqui em Medellin foi o Metrocable, conjunto de vários teleféricos que transporta até oito pessoas numa cabine. Ele está interligado a linhas de metrô tradicionais, de superfície e se localiza em algumas favelas da cidade. Achei genial a idéia: além de ser uma opção de transporte prático para a população, serve também como atração turística, pois o visual lá de cima é lindo.

No primeiro tramo de Metrocable que a gente tomou, a gente se surpreendeu com a longa distância que ele vai cortando por cima das montanhas. Nesse, após a última estação, ainda havia outro tramo, para ir ao Parque Arví. Depois de passarmos pelas favelas, ainda havia um longo trecho no qual "voávamos" por cima de diferentes vegetações, até chegar ao Parque. Da outra vez que pegamos o Metrocable, pegamos um tramo que, em vez de apenas subir e subir, subia e descia, subia e descia. Nesse, cheguei a me sentir levemente mareada, pois, ao contrário do primeiro, a cabinezinha chegava a fazer um movimento levemente pendular que também me serviu como "momento nana neném": saí dele com um baita sono....

Lá de cima a gente via e ouvia tudo, esse tal de Metrocable parece um verdadeiro "Big Brother Alado": crianças brincando e gritando dentro das escolas e nas ruas, gente papeando, gente pegando ônibus, gente de bicicleta, cachorros latindo, motoristas buzinando, salsa tocando... Aliás, algumas casas ficam próximas demais da via de passagem das cabines, deu para a gente ver uma mulher varrendo sua casa, um senhor assistindo tv em sua sala, várias cenas do cotidiano. Penso eu que, se bobear, muita gente deve ter visto muito mais de dentro das cabinezinhas voadoras...

O custo para se andar de Metrô e Metrocable aqui é de 1550 mil pesos colombianos (COP), o que equivaleria a mais ou menos um real e sessenta centavos. No trecho que dá acesso ao Parque Arví (no qual "voamos" em cima das árvores para chegar a esse lugar) o bilhete custa o equivalente a 5 reais, aí já é essencialmente turístico.

Fiquei imaginando como funcionaria um Metrocable no Rio de Janeiro: quem sabe não funcionaria bem por lá também?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Xalxa = xixi ao som de salsa...

Nesta viagem, já vivi algumas situações cômicas ao som de salsa. Uma delas foi no bus aqui para Medellin, mais para o final da viagem. Eu estava louca de vontade de fazer xixi, tinha esperança de chegar logo ao destino pois detesto usar banheiros de ônibus. A última vez que usei um desses no Brasil foi algo deprimente: o ônibus chacoalhava, estava correndo, e eu tentando me equilibrar naquela miniatura de banheiro me segurando nas paredes para fazer xixi. Uma verdadeira baixaria...no final, nem consegui descobrir onde era a tal da descarga.

Desta vez, como estava apertada demais, resolvi aproveitar um dos engarrafamentos já próximos a Medellin para me aliviar. Pelo menos não sofreria com o movimento do ônibus, mas apenas com o tamanho do banheiro. Entrei no dito cujo. Ainda estava limpo, o que para mim já foi uma grata surpresa. O engraçado é que estava rolando uma salsa no ônibus como som ambiente e quase tive um solitário ataque de riso naquele banheiro. Pensei o que poderia acontecer com alguém caso o veículo estivesse correndo e tivesse que dar uma freada brusca, já que o designer daquele WC  pôs o urinol (aquele negócio onde os homens fazem xixi)logo em frente ao vaso sanitário....ou seja, quem estivesse sentado (ou sobre) o vaso, não bastando estar se equilibrando, ouvindo salsa, tentando não encostar em nada e se concentrando na "saída", terminaria com a cara literalmente enfiada no dito cujo....

Fazer "xalxa", ou seja, xixi ao som de salsa, é um verdadeiro risco...

Mulheres, ajudem-me!


Ontem fomos visitar a Plaza Botero, na qual podemos encontrar várias esculturas feitas pelo próprio. São lindíssimas e, naturalmente, aproveitamos para fotografá-las. Quando fomos rever as fotos, Humberto soltou a "pérola" sobre a foto acima: "Botero é um artista inteligente, retratou as partes mais importantes do homem e da mulher nessas esculturas, ou seja, as partes que realmente interessam..."

@#$^@#$!!!!! POW!!!!TUM!!!!!PLAFT!!!!SOC!!!!

Caros leitores deste blog, as onomatopéias acima são referentes ao momento "colocar as coisas nos devidos lugares"...quem quiser saber como ficou o Humberto depois deste momento, aviso que ele está bem. Com um olho roxo e um braço dolorido, mas está bem... E não desistiu, diz ele que as onomatopéias foram os únicos argumentos que consegui arrumar contra sua observação...

Mulheres, preciso de argumentos mais convincentes, ajudem-me!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Em Medellin: descanso relativo para os pés

Do Parque de los Piés Descalzos, Medellin, Colômbia


Nossa chegada anteontem aqui em Medellin foi tranquila. Estávamos bem cansados depois de aproximadamente 9 horas de viagem de ônibus de Bogotá para cá. Atrasamos um pouco por conta de alguns engarrafamentos pouco antes de chegar em Medellin. Como era feriado aqui (dia de São Pedro e São Paulo), provavelmente havia muita gente voltando para casa ao mesmo tempo.

A viagem foi cansativa, mas bonita. Paisagens de encher os olhos, muitas subidas e descidas de montanhas. Em parte do trajeto, eu me senti muito em casa, pois passamos numa região parecidíssima com a da Amazônia central peruana, de onde é boa parte de meus parentes paternos. A única coisa que "pegou" foi o fato de nossas poltronas serem justamente em cima dos pneus traseiros do bus, o que nos deixou um pouco mareados no início da viagem. Aliado a isso, estradas cheias de curvas e alternâncias de altitudes...quase que nossos cafés da manhã foram embora pela janela, mas o mal estar foi passando com o tempo e tudo se resolveu sem precisarmos de bolsas plasticas de mareo ou "chamação de Raul".

Nossas primeiras impressões de Medellin são boas. É uma cidade mais organizada que Bogotá, com muita coisa para ver e fazer. Assim como a capital, Medellin está entre montanhas, só que boa parte dela está a mais ou menos 1.600 metros de altura. Alguns bairros são mais altos, dá pra ver em torno que há muitas casas nas encostas das montanhas. No topo destas, creio que se ultrapassa fácil os 2000 metros. Bogotá tem suas partes mais baixas a 2.600 metros, mais ou menos.

Em Bogotá, ficamos num hostal que se localiza quase no alto de uma ladeira. Aqui, pelo menos, estamos em um que está numa parte mais ou menos plana da cidade. Nossos pés agradeceram ao máximo, pois o dedo mindinho de meu pé esquerdo já tinha virado múmia de tão protegido por band-aids sobrepostos....

Crédito da foto: eu mesma. Panorama de parte da Praça Botero.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estamos embarcando para Medellin

Do terminal de bus de Bogotá

Agora são 9h19min, horário da Colômbia (aqui são duas horas a menos em relação ao Brasil), e estamos esperando para embarcar às 10h num ônibus para a cidade de Medellin. A rodoviária aqui é ampla, arejada, organizada e limpa. As empresas maiores tem suas áreas próprias nas quais seus passageiros esperam os horários de embarcar. Gostei. Estou até postando agora graças ao wi-fi da "sala vip" da empresa. Detalhe: antes de entrar na rodoviária, geralmente as bagagens, tanto de mão como as pesadas, passam por detectores de metais.

A viagem a Medellin dura 8 horas. Devemos chegar lá no final da tarde. Depois conto como foi. Acima, duas fotos batidas pelo Humberto: na primeira, cá estou eu. Na segunda, está parte da "sala vip" tal e qual como a estamos vendo, aqui do ponto no qual estamos sentados.

Aguardem os próximos posts!