A tentativa de lanchar no supermercado às onze da noite...

Estávamos agora há pouco num dos supermercados Extra. Bateu a fome e entramos nesse estabelecimento especificamente para comer algo na lanchonete. Lá estavam alguns salgados quentinhos, refrigerantes, suco, sorvete. Porém, onde estava o funcionário responsável pelo setor???!!! Eram mais ou menos onze da noite. Eu olhava para um lado, olhava para o outro e nada. Cheguei até a procurar alguma câmera de vídeo com o intuito de fazer um gesto para indicar que gostaríamos de ser atendidos na lanchonete. Mas nem isso eu achei. E se eu fizesse um strip tease? Será que apareceria alguém? E se eu gritasse: "Pega ladrão?"

Dali a pouco, vi um funcionário do supermercado atrás da divisória de acrílico que separava a lanchonete dos caixas rápidos. Perguntei a ele: "Tem alguém aqui para atender?" Ele responde, com um pouco de má vontade: " Não sei...". Eu insisti: "Mas a gente queria comer algo, como faz para pagar?" Ele responde: "Paga aqui no caixa...".

Achei um absurdo ter que sair da lanchonete, dar uma volta danada (claro, eu não iria pular as placas de acrílico que são bem altas) para pagar o lanche, pois queríamos comer ali mesmo. Além disso, eu gostaria de tomar suco e isso só um funcionário poderia pegar para mim, pois a máquina ficava atrás do balcão.

Como ando muito estressada esses dias, não quis ficar com os nervos mais ainda à flor da pele. Eu e Humberto resolvemos comer ali mesmo, antes de pagar. Só não deu realmente para pegar o suco. Contentei-me com um refri. A gente começou a comer, nada de aparecer ninguém. Terminamos de comer e necas. Fomos pegar mais alguns produtos e então nos dirigimos a um dos caixas. Na saída, Humberto avisou: " E comemos também quatro salgados e um refri". A moça responde: " Olha, só vou cobrar dois salgados, pois nesse horário eles estão em promoção".

Que bom! Acabou valendo a pena...

Porém, seria legal eles, pelo menos, colocarem uma placa na lanchonete do supermercado avisando que, a partir de um determinado horário, na falta de funcionário para atender aquele setor, os produtos a serem consumidos ali mesmo devem ser pagos num dos caixas-rápido, para ninguém ficar esperando à toa. E outra: percebemos que, se quiséssemos, poderíamos ter comido o lanche de graça. A moça do caixa não viu o que consumimos, confiou em nossa palavra. Ótimo, mas não dá para confiar em todo mundo. Confesso que, se eu trabalhasse com comércio, não faria isso. Muita gente pode se aproveitar da situação.