O escorpião não me picou, mas os cactus sim

O canteiro antes...

Eita vida pacata...enxada na mão, os bichinhos aparecendo enquanto a gente trabalha...pena que nem todos são adoráveis como os pássaros pretos que me vigiavam e uma outra espécie, cujo nome não sei, que aparecia para comer insetos no chão. Ou ainda como os patos que apareceram voando mais para o final da tarde, em bando. Gostei também do cachorro cara de pau que entrou no terreno para fazer xixi e nos olhou como quem diz: "Quem são vocês? O que estão fazendo aqui?". Além disso, tivemos a oportunidade de ver umas vacas simpáticas que passaram rapidamente na rua, sendo cuidadas por alguns rapazes. Certamente, elas estavam indo para a Feira Agropecuária de Pirenópolis num horário mais tranquilo, antes que chegassem as multidões para assistir aos shows de música sertaneja.


...e depois da "capinada"!Desses bichinhos todos aí eu gosto. Porém, enquanto estava plantando meu pequeno jardim de cactus, deparei-me com dois bichinhos que não gosto nem um pouco: uma barata e um filhote de escorpião. Tenho verdadeiro horror a baratas. Enquanto estava revolvendo a terra, assim que encontrei uma, soltei um grito que, penso eu, até a população de Anápolis deve ter ouvido. Mas, instantes depois, encontrei coisa pior...vi surgir aos poucos do meio da terra um bichinho estranho: primeiro apareceram duas garrinhas....por último, aquele rabinho torto tão característico. Saí gritando: "Humberto, um filhote de escorpiãooooooooo!!!". Ele veio e, com a enxada, matou o bicho. Meu herói! Depois pensei se a gente não deveria ter colocado dentro de um vidro ou coisa parecida para encaminhar a um posto de saúde. Na hora do medo, meu sangue esquentou....

Sorte que eu estava de botinas, calça e luvas. Já pensaram se um bicho desses me pica? Ainda bem que ele não me fez isso, mas em compensação os cactus sim, mesmo estando de luvas (!!!). Lembram de um post do ano passado sobre minha eterna luta com os cactus nas janelas do apartamento? Resolvi que eles deixariam de morar em Brasília para viver em Goiás e ponto final. Já que uma relação de amizade bem próxima não dava mais certo, quem sabe aquela com apenas visitas periódicas e muito espaço para crescer em vez do restrito limite de vasos em janelas de apartamento não fariam bem a essas plantas tão queridas por mim mas de tão difícil convivência?

Meu jardim de cactus!

Crédito das fotos: Humberto.