domingo, 4 de maio de 2008

Série "Lá, Como Cá"



Amig@s da Esquina da Sil,

Enquanto a Silvana está em seu giro por esta América Latina sofrida mas maravilhosa, em busca de realizações pessoais e profissionas (e de umas "pechinchas" no Panamá, porque ninguém é de ferro, eh eh!), aproveito para iniciar uma série de posts relacionados a um assunto sobre o qual eu e ela conversamos muito: o desprezo que temos, ou que tentam fazer com que tenhamos, por nós mesmos!

Juro que não entendo o motivo dessa depreciação contumaz pela qual passamos! Temos certamente muito o que melhorar, em várias áreas e aspectos da vida em sociedade, mas nos colocar como os piores, ou entre os piores do mundo, quando se quer falar de alguma mazela que temos, em nada ajuda a corrigir o problema, muito pelo contrário, só enfraquece àqueles que têm vontade de lutar para melhorar, e alimenta a maldita muleta que os acomodados adoram: "é, esse país é assim mesmo, e não vai mudar nunca, portanto não adianta fazer nada...".

Esquecem de falar das coisas boas que temos (não dá ibope!), e quando falam das más, fazem questão de não buscar comparações com outros países ditos desenvolvidos, porque isso tiraria a gravidade da desgraça (e reduziria o ibope...).

É óbvio que precisamos falar de nossos problemas, mas é necessário mostrá-los em um contexto maior, caracterizar essas situações como parte de processos sociais complexos! E que ocorrem em todo o mundo! Esses processos se desenvolvem no tempo, com maior ou menor (ou nula, às vezes) velocidade, com gerenciamento dos governos, mas com a participação fundamental das pessoas!

O desânimo que o desgracismo provoca nos abate de tal forma que fica difícil quebrar a inércia do conformismo. Uma comparação do desenrolar de nossos processos com o de outros países, uns melhores, outros piores, facilitaria muito às pessoas identificar os atores de cada processo, perceber até onde o governo pode e deve ir, e em quais momentos o povo precisa atuar para alcançar e consolidar as melhorias desejadas!

Mas vamos ao que interessa! Não tenho aqui a intenção de fazer esses paralelos, muito complexos para serem tratados em um blog despretencioso, mas apenas mostrar situações que aqui no Brasil são consideradas "o fim do mundo", só que ocorrem de forma igual ou pior em outras partes, entretanto isso não é mencionado porque atrapalharia o raciocínio(?!) baixo-astral da mídia...

Nos próximos posts vamos comparar algumas situações. Se quiserem sugerir temas, estejam à vontade!

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