quarta-feira, 30 de julho de 2008

O primeiro encontro com a neve - Parte 1

Eu e Humberto em nossa primeira foto juntos na neve!


As montanhas nevadas foram sempre uma de minhas paixões. Eu as paquerei de longe várias vezes e em distintos lugares, mas nunca havia tido a oportunidade de um encontro. Isso só veio acontecer a primeira vez aqui no Chile e, como quase todo primeiro encontro com o ser enamorado, rendeu nervosismo e emoção.

A preparação começou na agência, quando todos nós tivemos que nos vestir adequadamente para tal ocasião. Aliás, isso já me fez ter um friozinho na barriga: colocamos calça, jaqueta, luvas e botas especiais. Botas duplas e pesadas...esse calçado, aliado à nova vestimenta, me fez sentir uma astronauta, guardadas as devidas proporções. Aliás, a roupa tinha tudo a ver, estava me preparando para entrar em um novo mundo para mim: o dos vulcões nevados.

Tínhamos também que levar uns acessórios na mochila: os grampones, "ferrinhos" que colocamos embaixo das botas para facilitar a caminhada no gelo, a "capinha" de Skibunda, o capacete e uma espécie de gorro que também poderia servir para colocarmos no pescoço. Nas mãos, levávamos o piolet, instrumento parecido com uma picareta, ferramenta de segurança caso caíssemos durante a subida. Quando me emprestaram o piolet, fiquei bem preocupada pensando: Putz, será que vamos ter de quebrar gelo em algum trecho para subirmos? Comecei a imaginar que estava, literalmente, entrando numa fria.

Enfim, entramos todos na van da agência que nos levaria de Pucón ao sopé do vulcão Villarica. Ainda com sono, fui apreciando a paisagem. Dali a pouco, começam a aparecer umas "manchas brancas" nas margens da estrada: eram as primeiras nevezinhas dando o ar de sua graça. Meu sono começou a passar e deu lugar à euforia. Dali a pouco, vemos a estrada toda branca e nosso motorista pára com o objetivo de colocar correntes nos pneus. Aproveitamos para sair da Van correndo e curtir aquela gostosa "branquidão gelada". Foi meu primeiro contato direto com a neve, e o do Humberto também. Imaginem a festa que fizemos! Batemos inúmeras fotos, tocamos a neve, sentimos sua espessura e confesso publicamente meu "mico": coloquei um pouquinho na boca para ver que gosto tinha...afinal, era um sonho meu desde criança: tocar na neve e também sentir seu sabor. Tive de experimentar in loco o que meu lado racional dizia: deveria ter o mesmo gosto do gelinho da geladeira...e tinha.

Muitas coisas, basta-me saber. Outras, sinto necessidade de experimentar eu mesma. Essa foi uma delas!
- Hummm... Gostinho de gelo!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Aventuras Vulcânicas

Eu e Humberto no alto (mentira, estávamos no máximo no meio, eh eh) do Vulcão Villarica


Agora estamos em Puerto Varas, sul do Chile. Chegamos ontem de Pucón, onde vivemos uma aventura inesquecível: nosso primeiro contato direto com a neve, escalando, ou tentando escalar, o vulcão Villarica. Esse episódio renderia dezenas de posts, então vou contando aos pouquinhos sobre nossas empreitadas vulcânicas. Bom...o principal é que estamos bem e nao caímos na cratera do Villarica, que é mais ou menos ativo (!!!). Em compensação, ando tropeçando com frequência por aqui, nos mais variados lugares. Outro dia, saindo da pousada onde ficamos em Pucón, tropecei, abraçando o portão da casa. Nesse mesmo lugar, de madrugada, na cozinha, queria descobrir onde ficava a água potável. Para não acordar ninguém, não acendi a luz e fui tentar encontrá-la. Resultado: havia me esquecido do degrauzinho entre o corredor e a cozinha e levei outro pequeno tropeço, causando um leve estardalhaço no ambiente e abraçando um liquidificador...

Estou ficando com medo de andar por aí. Dizem as más línguas que meu problema é o Pisco Sour, mas creio que não. Sou uma moça comportada, até onde me lembro, só tenho tomado um por dia...

Eu descansando no gelo após a "escalada"...


Crédito das fotos: Humberto

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Por aqui os cachorros estão em todas!

Husky "sem dono" no Cerro San Cristóbal


Os cachorros de Santiago nos surpreendem. Temos a sensação que eles estão em todas! Outro dia flagramos um acompanhando de perto a troca da guarda presidencial atrás do Palácio La Moneda. Parecia que fiscalizava tudo com atenção, e até passava em revista as tropas. Mas um dos perros que achei mais divertidos foi o que apelidamos de "cachorro maluco": ele ficava próximo a um semáforo na Avenida Alameda, latindo o tempo todo para os carros que passavam, e praticamente se jogando na frente deles.Diz Humberto que aquele cão era uma "lombada canina", para os motoristas irem mais devagar.



Crédito da Foto: Humberto

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Os Andes Nos Saudaram!

Chegamos aqui em Santiago do Chile na quarta-feira, dia 9. Minutos antes da aterrissagem, a cordilheira dos Andes nos saudou pela janelinha do avião. Confesso que fiquei tão emocionada com a visão que segurei as lágrimas. Depois de alguns momentos de turbulência que me deixaram meio agoniada, eis na foto o presente que ganhei...


Crédito da foto: Humberto.

domingo, 6 de julho de 2008

Canción Con Todos

A música abaixo, "Canción Con Todos", para mim, deveria ser o hino da América Latina. Eis abaixo uma bela versão cantada com o grupo illapu, do Chile, e a cantora peruana Eva Ayllon, juntos...

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sábado, 5 de julho de 2008

Chicletes demais, interpretação de menos...

Por falar em viagens, uma vez alguém falou à Ju, minha irmã mais nova, que para "abrir o ouvido" em viagens de avião, era bom mascar bastante chiclete. Sabem o que ela fez? Comprou muitos chicletes e, no vôo, colocou-os todos na boca, de uma só vez. Ficou com a boca tão cheia e as bochechas tão enormes que, quando a aeromoça perguntou o que ela queria tomar, mal podia falar.

Eis aí um exemplo do que os problemas de "interpretação de texto"podem acarretar...


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Esse burro é mais inteligente que muitos seres humanos...

Hoje escutei pela CBN uma notícia pitoresca. Motoristas que trafegavam esta manhã pelo final do Eixão Norte se depararam com um burro atravessando a pista (!!!). Dizem que o bicho, depois de algum tempo e muita confusão, resolveu se abrigar no canteiro central. Ainda bem. Interessante é que o burro, na medida do possível, tomou uma atitude inteligente. Coisa que muito ser humano por aí não faz.

Crédito do desenho: http://cafune.zip.net/arch2005-09-11_2005-09-17.html

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Vai viajar? É bom dar uma lida no site da Infraero antes

De novo estou ficando sumida do blog por motivos de viagem. Na próxima terça, coloco o mochilão no mundo de novo, desta vez em companhia do Humberto. Até lá, temos muita coisa que terminar, organizar, fazer, etc.

Por falar em viagens, uma sugestão legal: se for viajar de avião, não deixe de ler, na íntegra, o Guia do Passageiro no site da Infraero. Lá há recomendações preciosas para quem não quiser ter surpresas desagradáveis com sua bagagem de mão em algum aeroporto. Por exemplo: em maio, fiquei surpresa com a quantidade de frascos de xampus, loções, cremes, etcs, confiscados em Guarulhos pelos funcionários, na fila da revista dos passageiros, e depositados numa caixa de acrílico transparente. E muitos eram de marcas caras. Eles estão cumprindo mesmo às riscas as regras. Por isso, é melhor enfiar todas aquelas coisas e outras mais que não lembro agora na bagagem maior, a ser despachada. A lista está no Guia do Passageiro da Infraero.

Outra dica legal a fim de evitar chateações e ajudar para que aquelas filas tenham um ritmo rápido e nem tão tumultuado assim: evite usar sapatos e roupas que tenham peças provocadoras de "apitos" das máquinas detectoras de metais. Em 2006, fiz a besteira de viajar com meus coturnos nos pés para economizar espaço no mochilão. Péssima idéia. Uma funcionária me obrigou a tirar os coturnos na frente de todos, e de pé, lá no aeroporto de Guarulhos, para colocá-los na máquina de Raio X. Tá certo que era obrigação dela, mas o que custa ter delicadeza e educação no pedido aos passageiros e ter um lugar apropriado para você sentar e fazer isso? Em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, uma de nossas conexões naquela viagem, passei pela mesma situação, só que a funcionária do aeroporto foi muuuuuuuuito mais educada e nem por isso agiu devagar: encaminhou-me rapidamente para um banco apropriado, o que me facilitou o serviço não muito simples de tirar os coturnos quase voando.

Aliás, aquelas filas me parecem, na época de inverno, um "streap-tease" coletivo: é um tal de tirar casaco, cachecol, cinto, botas, para botar naquelas bandejas de plástico que passam na maquininha de Raio X....realmente, dá vontade de fazer como já escrevi num post em junho: entrar na fila já nu, para facilitar o procedimento...