sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para que serve o Twitter?

Semana passada resolvi abrir meu Twitter. Resisti muito à idéia. Afinal, costumo Twittear (aff...) "naturalmente" algumas vezes por meio de meu Orkut e Facebook. Para que então quero um Twitter propriamente dito? O que me fez sucumbir à idéia foi o fato de internet ser parte de minha área de pesquisa acadêmica, fazer o quê...E com uma cara meio de tédio e muita paciência nas costas, nos dedos e nos olhos lá fui eu me jogar em mais um espacinho virtual para observar ou tentar observar algumas coisas que tenho em mente.

Isso tudo graças a um ex-professor meu da UnB que me ensinou a não ter idéias pré-estabelecidas e a tomar a atitude de pesquisar sempre, pois a realidade nem sempre é o que parece ser. É incrível a força que tem as palavras dos professores legais que tive na vida. Parece que elas ficam marcadas como rastros dourados em minha existência. E, desta vez, realmente estou torcendo muitooooooo para que eu esteja enganada em relação ao que penso sobre o Twitter. Pior que já pesquisei sobre o próprio, li artigos de gente que usa o dito cujo, acadêmicos e não acadêmicos, e não vi novidade alguma, tudo me pareceu muito óbvio e chato.

Até agora não avistei nem uma gaivotinha no horizonte, nem com luneta...mas não perco as esperanças de encontrar ao menos uma garrafinha boiando nesse oceano twittereano (aff...)com algum código legal para decifrar. Afinal, a esperança é a última que morre e a primeira que ressuscita...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Apu Qun Tiqsi Illa Tecce Huiraqucha Pachayachachic !


Agora vou deixar um pouquinho a selva (mas prometo que volto!) para relembrar um fato bem pitoresco ocorrido na sierra. Estávamos num de meus lugares preferidos dessa região: a cidadezinha de Ollantaytambo, a 60 Km de Cusco, no Vale Sagrado dos Incas, subindo as terraças. Paramos todos numa das mais altas para ouvir algumas explicações de nossa guia. Lá pelas tantas, ela resolve nos "ensinar" o nome completo do Deus Viracocha em quechua, e pronuncia:

Apu Qun Tiqsi Illa Tecce Huiraqucha Pachayachachic


(ou algo mais ou menos assim...)



Estranhamente, quando ela chegou no "Qun", apareceu um vento muito forte, do nada. Tão forte que não deu para escutar mais quase nada, só a última sílaba. Todos nós nos entreolhamos com aquele ar de "como assim?". Se estivéssemos em recinto fechado, juraria que alguém havia acionado o botão do controle remoto de um ventilador gigante ou coisa parecida.


Depois dessa, continuamos nosso passeio: subimos um pouco mais, tomamos fotos, fomos a um canto, fomos a outro, para depois descer as enormes terraças. Volta e meia, aparecia o tal vento misterioso de novo, sempre da mesma forma, sem graduação de intensidade: sempre forte e repentino. Brinquei com Humberto dizendo: "Acho que são os outros guias pronunciando o nome completo do deus Viracocha..." Dali a pouco, olhei para uma montanha e encarei o que parecia ser um rosto gigante nela, que dizem ser a representação do tal Viracocha e teria surgido após um terremoto. E parece até que ele está soprando! Pensei com meus botões: "Será?!..."

E então, o que vocês acham?! Vejam a imagem aí ao lado e digam se veem o mesmo que eu...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um peixe gigante me mordeu no rio

Transporte de bananas pelo Rio Aguaytia, na cidade de mesmo nome.
Quase pego carona com elas...
Uma das paisagens que desfrutamos enquanto nos banhávamos no rio.

Eu nas margens fazendo farra...


Um dos prazeres que tivemos lá em Aguaytia foi o de tomar banho de rio ao entardecer, depois de passarmos por um caminho bem pedregoso. Diz Humberto que ele ativou todos os pontos energéticos de seus pés com essa, foi tipo um Do-In reforçado. Eu devo ter ativado bem poucos porque meus pés são urbanos ao extremo e, dada minha dificuldade de caminhar por ali, o primo acabou me emprestando seu chinelo para sofrer menos.

Muito bom banhar-se assim, contemplando a paisagem, o pôr do sol, aliviando o amazônico calor... porém, dali a pouco solto um grito inesperado e escandaloso que rompeu com o bucólico e reflexivo clima. Dessa vez, não foi por conta do escaravelho gigante (lembram-se desse episódio?). Foi apenas um peixão que resolveu morder minha coxa. Acostumada que sou com a "mordeção" dos peixes pequeninos em Pirenópolis e na Chapada dos Veadeiros, assustei-me alucinadamente com essa manifestação faminta tamanho maxi...o curioso é que, justamente minutos depois, um homem que estava pescando na margem, perto de onde estávamos, fisgou um senhor peixe. Dizem as más línguas que o pescador se vingou por mim pegando o tal do mordedor faminto...


Saímos do rio já de noite, pegamos carona num caminhão e descemos já perto da casa de meus tios. Lá chegamos descalços, com os tênis na mão, descabelados, molhados e felizes, muito felizes...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Felices fiestas patrias!

Foto tomada em Arequipa, com um de seus nevados ao fundo.Crédito: eu mesma.

Hoje e amanhã se comemora, no Peru, as Fiestas Pátrias. Seria o equivalente ao nosso 7 de setembro. Essas datas coincidem com as férias das escolas, faculdades e algumas instituições e são consideradas as maiores festas do país assim como as de final de ano.

Durante o mês todinho dá para notar a bandeira do Peru no alto da maioria das casas, prédios, em vidraças, em vários lugares. O comércio aproveita e faz campanhas publicitárias de todo tipo com o tema das Fiestas Pátrias para atrair mais consumidores. Há grandes eventos, tanto militares como folclóricos, pelo país todo.

Aqui em casa botei minha bandeira peruana pendurada na janela da sala: maneira simples e possível de homenagear minha outra pátria. E de brincar com a curiosidade dos que passam diariamente na calçada em frente ao meu bloco também...

Bem que os brasileiros poderiam fazer o mesmo no 7 de setembro. Pelo menos aqui em Brasília observo que são bem poucos aqueles que botam a bandeira do Brasil em algum lugar, a não ser quando é época de Copa do Mundo... Bom, podem dizer isto e aquilo, podem dizer que Bandeira é resquício da ditadura militar, de não sei o quê, mas de qualquer maneira é um símbolo do país e acho muito legal isso de colocá-la em algum lugar de destaque, desde que os sentimentos que estejam por trás sejam sinceros e não superficiais.

Hoy he puesto mi bandera del Peru en mi ventana y 7 de setembro vou botar minha bandeira do Brasil na janela. E viva minhas duas pátrias, ambas sofridas e belas!

"Tá todo mundo louco, oba..."

Agora há pouco vi no Feedjit que alguém de Floripa buscou no google "fotos de gatos levando choque" e acabou parando no meu post sobre o Cuy Chactado. E por falar em Cuy, o Ivan hoje fez um comentário em meu Orkut, abaixo da foto do dito cujo, que me fez rir: "Esse rato morreu durante a aula de balé dele. Que coisa triste!" O Google pirou na batatinha, trocando Cuy por gato, e o Ivan teve um surto de extrema imaginação em plena terça-feira quente e seca daqui de Brasília...

Por essas e outras lembrei-me daquela antiga (e bote antiga nisto!)música do Sílvio Britto cujo refrão era: "Tá todo mundo louco, oba, tá todo mundo louco, oba...".

Que ótimo! O normal demais é chato pra caramba...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Hortênsias na amazônia peruana: dissonância cognitiva

Serpenteia o rio entre as montanhas amazônicas...


Serpenteia a estrada entre as montanhas amazônicas...

Serpenteamos nós na selva para tomar banho no rio...
Vejam o tamanho dessas folhas!

Serpenteia a cachoeira Véu de Noiva, próxima à cidade de Aguaytia, na rocha...
O homem "pequenininho" que aparece aí no pé da cachoeira é o Humberto.

Ontem à noite sonhei que ainda estava na selva peruana. Por isso, hoje me deu vontade de começar a contar um pouco sobre nossos dias lá. Tenho muito carinho por essa região, pois nela se encontra parte da origem de minha família. Por falar nisso, meu próprio nome a carrega consigo, pois "Silvana" significa " que veio da selva" e "Isabel" era o nome de minha avó paterna, nascida na selva, registrada em Iquitos.

No caminho entre Tingo Maria e Aguaytia*, a gente se deleita com a paisagem: como se já não bastassem montanhas altas com vegetação exuberante enchendo nossa vista, volta e meia nos deparamos com pequenas cascatas brotando em meio àquele verde intenso...algumas nem se importam com a rodovia e se derramam ao lado dela, sem pudor. Outras são totalmente "abusadas"mesmo: já quase chegando em Aguaytia há um túnel no qual há duas cascatinhas: uma bem pequenina e outra um pouco maior. Um de meus tios até aproveita os finais de semana para ir lavar seu carro dentro desse túnel (!!!!).
A selva é realmente surpreendente. O clima estava bem quente, mas quando passávamos de carro em partes mais altas das montanhas que estavam cobertas por nuvens, baixava uma friaca danada. Era como se, em questão de segundos, passássemos do calor das selvas para o frio andino. Mas, mais estranho ainda para nós era ver a profusão de hortênsias nesses lugares. Para mim, soava como uma "dissonância cognitiva", já que no Brasil estamos acostumados a esse tipo de flor bem longe da Amazônia...ou, de repente, em alguma parte da selva daqui talvez até existam também hortênsias, não sei....pelo menos a imagem que tenho dessa flor é que ela se encontra mais facilmente lá no sul.....pena que esqueci de fotografá-las.

Para mim, uma das coisas boas de viajar é a possibilidade de romper com estereótipos, por meio de observação dos lugares realmente como eles são!

*Para quem assistiu ao filme Diários de Motocicleta, é o seguinte: a cidadezinha de Aguaytia fica a umas duas ou três horas de carro de Puccalpa, capital do departamiento (estado) de Ucayali, onde foram gravadas algumas cenas do filme (entre elas, aquela em que o médico pergunta ao Che e seu amigo o que acharam do livro que havia escrito). Puccalpa fica apenas a 216 Km de Cruzeiro do Sul, no Acre, e atualmente os governos estão buscando várias vias de integração comercial e cultural entre as duas regiões.

sábado, 25 de julho de 2009

O calendário interessante de Tia Flora

Um dia chega Tia Flora, lá de Aguaytia, com um belo calendário, desses que a gente ganha em alguma lojinha de brinde. Tudo normal, se não fosse por um detalhe: o calendário estava sem os meses do ano, apenas com a estampa.

Mas, pensando bem, com uma foto dessas, quem é que precisa dos meses do ano, não é mesmo? Tia Flora sabe das coisas.

Crédito da foto: eu, claro!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Parabéns ao Humberto!

Hoje estou com preguiça de escrever, mas não poderia deixar de registrar aqui o cumpleaños do Humberto, meu companheiro de vida e de aventuras pelo mundo afora! Agradeço publicamente a paciência que vem tendo comigo ao longo dos anos, inclusive em aturar minhas maluquices e de, muitas vezes, ir contra a corrente...Bom, mas como maluco se dá bem com maluco, o resultado está aí...acho que essa foto, tirada em Pisaq, Peru, calhou bem para este singelo mas carinhoso post de hoje. Retrata nossa mais recente aventura, na qual acabamos arrastando junto o amigo Rui (bem que tentamos arrastar outros mas eles, por inúmeros motivos, não puderam ir conosco). A vontade que a gente tem é de levar todo mundo junto, como não tem jeito, pelo menos partilhamos neste blog algumas das maluquices com os amigos e os internautas que se interessarem em ler.

Crédito da foto: Rui ou Leonardo, não lembro agora quem foi...o autor da foto, favor reivindicar sua autoria.

Let´s Play That
(Torquato Neto)

Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião

eis que esse anjo me disse
apertando minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
let's play that

terça-feira, 21 de julho de 2009

A terra treme e Humberto toma banho tranquilamente

Aqui uma escola e uma igreja na cidade de Ica, ainda com marcas
indeléveis de terremotos passados.

Parte da escola destruída.
Fachada da escola.
Uma igreja com parte da torre e do muro danificados. Prédio da Alcaldia (prefeitura) de Ica.

Os tremores de terra nos perseguiram durante toda a viagem: dias antes de chegarmos em Arequipa, houve um nessa cidade. Um dia depois de sairmos de Cusco, houve outro aí e durante nossa saga aventureira outros mais que não me lembro agora. Efetivamente, só um deles "nos pegou" e de maneira quase imperceptível, em Ica, no sul do Peru.

Humberto estava quase entrando no banho e eu acabando de me arrumar, quando a apresentadora do telejornal matutino de repente fica em silêncio, dá uma olhada para os lados e diz: "Parece que houve agora um tremor de terra, vamos ao intervalo comercial". Ao mesmo tempo em que a moça para, vimos as pás do ventilador de teto de nosso quarto no hostal balançarem de leve. Na volta do comercial, a apresentadora diz: "Tivemos um movimento telúrico próximo à cidade de Ica". Depois dessa, Humberto foi tranquilamente tomar seu banho e eu, levemente preocupada, fui escovar meus dentes olhando para o ventilador, nosso "instrumento medidor de tremores". Se este começasse a balançar com mais força, correríamos para a rua. Falei a Humberto: "Olha, é bom você acabar logo seu banho, viu, se der um mais forte a gente corre". Ele, naquela calma mineira, avisa: " Em caso de emergência, antes pelado e limpo na rua, do que pelado e sujo...".

Mais tarde, ainda durante o jornal que assistíamos, ficamos sabendo que a intensidade do tremor havia sido de 5.4 graus, nada mal para um primeiro contato do Humberto com esse tipo de coisa, mas ele confessou que ficou meio decepcionado, esperava mais "ação" de um terremoto desse nível (!!!!!!!).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Feliz reencontro do perro peruano com a Sil

Esse aqui até que não era tão feinho...

Já este, coitado...

Pelo menos é simpático e carinhoso...

Lembram-se do post sobre o Alex querendo me dar de presente um perro peruano? Quem não o leu, leia aí. Pois é, quando fomos visitar as ruínas de Pachacamac, citadas no post do sábado, quem eu encontro justamente ali próximo à entrada do sítio arqueológico? Justamente o dito cujo!!! Estou saindo do banheiro e...que susto: lá vem um "belo" exemplar deles galopando feliz e contente em minha direção. Parece marcação...só porque tenho birra desse cachorro, lá vem ele me abordar... Aliás, desconfio que tenha sido uma armação entre Alex, que lá estava conosco, e um desses perros, pois como bom veterinário deve ter lá seus dons secretos para se comunicar com os animais e como bom primo, adora armar situações para atazanar as primas, sobretudo as vindas do Brasil...

O bicho é feio, mas pelo menos é simpático...não resisti e tirei foto ao lado de um deles lá em Pachacamac. Os arqueólogos encontraram representações desse cachorro desde, aproximadamente, o ano 300 A.C em várias culturas pré-incaicas...é, o bicho tem história. Quem quiser saber mais sobre o perro peruano, que muitas pessoas no Peru usam para ajudar a amenizar os sintomas da asma e reumatismo dormindo abraçadas com eles, é só clicar aqui.

domingo, 19 de julho de 2009

Cartaz curioso em Lima para mulheres "naqueles dias"...

Esse peculiar cartaz merece um prêmio de clareza e criatividade...ou será que alguém consegue não entender sua mensagem? Essa extraí de uma crônica sobre Lima aqui.

sábado, 18 de julho de 2009

Um sábado nas ruínas de Pachacamac, perto de Lima

Algumas semanas atrás, fomos visitar as ruínas de Pachacamac, perto de Lima. Além do local em si ser interessante, pois é um terreno desértico bem perto do mar que abriga um sítio arqueológico pré-incaico, pareceu-me um cenário perfeito para produzir algum videoclipe de uma banda legal ou coisa parecida. Só de ver esta foto batida pelo Humberto com jeitão de making-off, por exemplo, dá para ter idéia do clima eufórico que proliferou naquela manhã de sábado. Em primeiro plano, está nosso invencível companheiro de aventuras Rui, em uma de suas mais caprichadas performances. Ao fundo, os primos Sofia e Alex registrando o pitoresco e inspirado momento.
Sofia registrou o momento em que Humberto me fotografava perto de um dos precipícios de Pachacamac ( e eu louca para sair daquele pose, tenho um pouco de vertigem e fico achando que, a qualquer momento, vou sair rolando abismo abaixo...)

Outra foto de Sofia, desta vez registrando Humberto com pinta de "arqueólogo-chefe" vendo se está tudo bem na região...

Aqui e embaixo, fotos produzidas e tiradas por ela de nosso salto coletivo (Sofia adora bater fotos de gente pulando). Tá até parecendo fotos de capa de CD, DVD ou coisa parecida. Só falta a gente, efetivamente, montar a banda...
Todos ficaram cansados de tanto trabalho duro...afinal, posar para fotografias também cansa...
Mas nada como ficar apreciando o Oceano Pacífico no horizonte para relaxar!

Momento "coruja": quem quiser conhecer mais fotos da Sofia, um dos promissores talentos limenhos em fotografia, é só acessar seu flick aqui.

OBS: Se quiserem ver melhor as fotos acima, é só clicar em cima delas.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A pedidos da Lilly, Pedro Suarez Vertiz, cantor peruano



Ontem fiquei contente. Raramente alguém comenta sobre as músicas de meu blog e, para minha surpresa, a Lilly se manifestou reclamando sobre a retirada que fiz das músicas do cantor pop peruano Pedro Suarez Vertiz da minha parada de sucessos.

Volta e meia tiro uma, boto outras, vou mudando aos poucos a parada. Mas graças ao pedido da Lilly, vou voltar a colocar canções do Pedro. E ainda botei aí em cima o vídeo da música "Cuando Pienses en Volver", uma espécie de hino dos peruanos que vivem fora do Peru. Achei bem interessante colocar aqui um pouco sobre o trabalho dele, já que muita gente no Brasil pensa que só existe música andina no Peru. Quem quiser saber um pouco mais sobre o Pedro Suarez Vertiz, é só clicar aqui ou então pesquisar mais vídeos no Youtube e informações no Google. O rapaz vive rodando entre América Latina, Estados Unidos e Europa, fazendo suas turnês, sempre de muito sucesso. E em seu mais recente CD, cometeu a bela ousadia de cantar uma música com o tenor Juan Diego Florez, também peruano.

Como se não bastasse tudo isso, como bem disse a Lilly, o Pedro também é gatinho!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vacas pastam tranquilamente ao lado da pista do aeroporto de Juliaca


Ao tomarmos o voo no aeroporto da cidade de Juliaca para conseguirmos chegar a Cusco escapando dos paros nas rodovias, a gente se deparou com uma cena bem pitoresca...



Estávamos nos ajeitando em nossas respectivas poltronas quando, de repente, olhando pela janelinha, avistamos pacatas vacas pastando ao lado da pista (!!!!!!). Num primeiro momento, não acreditei, esfreguei minhas mãos nos olhos pois achava que estava meio dormindo ainda e que, portanto, estaria sonhando.



Porém, depois deste meu breve procedimento, as vaquinhas continuavam lá, tranquilas, alheias ao movimento dos aviões aterrisando e decolando. Nos assentos atrás de nós, havia uma família de brasileiros que também se divertia com a "aparição bovina" em lugar exótico.



Fico sem saber se aquilo é pouco caso das autoridades aeroportuárias da região, ou se elas estão ali para que o mato ao lado da pista não cresça, seguindo o exemplo da função das lhamas nas ruínas de Macchu Picchu, que ficam por ali pastando o dia todo. Assim, não precisam pagar funcionários com a finalidade de podarem o mato...


fotos: Silvana Isabel

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cerveja e sorvete de coca: adorei!

Tomando sorvete de coca numa noite fria de Cusco, antiga capital do Império Inca.
Tomando cerveja de coca numa noite fria de Cusco, antiga capital do Império Inca.

Mais uma da série "experimentando coisas exóticas" (para o padrão brasileiro, claro). Acima, duas coisas que nunca havia provado antes e gostei: a cerveja e o sorvete de coca. Se o chá de coca ajuda no combate aos sintomas do soroche (mal das alturas), provavelmente essa abençoada folhinha nos formatos anteriormente citados devem ter ajudado em algo também para que eu melhorasse de meu mal estar. Mas deixo aqui um alerta: se você vai ao altiplano nas próximas férias e não suporta o sabor daquele chá, não experimente a cerveja nem o sorvete...a cerveja, pelo menos para mim, é literalmente a dita cuja + chá de coca. Achei bem forte. E o sorvete é fiel ao sabor do chá.
Puxa, eu deveria ter trazido ao menos uma garrafa daquela cerveja aqui pro Brasil. Mas, pensando bem, acho que não me deixariam...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cuy Chactado: choque estético, mas sabor ótimo!

Hummm, que delícia...
Um close no Cuy Chactado...

Só sobrou a cabeça...


Na cidade de Arequipa, resolvi almoçar Cuy Chactado, um dos pratos típicos do Peru. Humberto provou um pedaço da exótica iguaria e gostou, confirmando o que eu já disse várias vezes e muitos não acreditam: o gosto é bem parecido com o de frango. Chactado, melhor ainda, porque a pele fica meio crocantezinha, uma delícia! O Rui não teve coragem de experimentar. Acredito que o aspecto estético pra ele foi mais forte que o do sabor...
No Peru, o Cuy, ou porquinho da índia para os brasileiros, é um prato relativamente comum, apesar de nem todos os peruanos apreciarem. Minha prima Sofia, de Lima, por exemplo, não gosta nem de ver. Já seu irmão, Alex, que é médico veterinário, teve recentemente uma pequena criação desse animal. Ao perguntar dias atrás o que ele fez com sua pequena "coleção de cuys", ele me respondeu prontamente: "Eu e meus pais a comemos".
Ontem, no Orkut, me diverti muito com os comentários que apareceram sobre essas fotos. Mas uma das mais engraçadas foi de nosso invencível e divertido companheiro de viagem Rui, em relação à foto dos "restos" do Cuy Chactado: "Toda vez que vejo o Cuy me lembro da Sil. Agora, toda vez que vejo a Sil me lembro do Cuy..pelo jeito, este já se foi!"
Humberto aproveitou para defender meu exótico paladar:"Ué, gente? Coreanos comem cachorro, chineses comem espetinho de escorpião, russos adoram "orgasmo de peixe", franceses amam as suas lesminhas... Qual o problema de comer um "leitão à pururuca" em miniatura?!!! Viva a diversidade alimentar!"
Bom, lembrei-me daquela velha máxima: "Gosto não se discute". Acho que é por aí.
Mas quanto ao aspecto estético...Rui, quer dizer então que tenho cara de cuy?! Como assim?!
Crédito das fotos: Humberto.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Retomando as narrativas de viagem

Voltamos ontem do Peru. Ainda estamos num cansaço enorme mas, como há vários dias não dou as caras por aqui, resolvi retomar minhas narrativas viajandeiras hoje. Apesar do cansaço, confesso que adrenalina vicia. Depois de tanto margear precipícios assustadores e belos a pé, de carro ou de ônibus; subir montanhas a 3 mil, 4 mil metros com minhas pobres pernas; fugir de paros nas estradas (bloqueios) de indígenas, cocaleiros, trabalhadores de minerias e de transporte e até mesmo atravessar um pequeno abismo de cerca de 15 metros na selva peruana sentada numa pequena armação de ferro sem portas conduzida por uma roldana, confesso que estou achando tudo tranquilo demais aqui em Brasília.

Tenho medo de um montão de coisas. E sempre que vou ao Peru sinto um misto de alegria profunda, ansiedade e medo. Parece que vários acontecimentos durante a viagem me colocam em teste, de propósito. É um pouco aquele lance do "tudo ao mesmo tempo agora": o aprender a lidar com a resistência física e psicológica. Às vezes você acha que não vai dar pra fazer tal coisa, mas, sabe-se lá como, talvez instigado pela beleza dos lugares, você acaba fazendo...E como é bom depois olhar para trás e sentir um gostinho de vitória íntima, como nos episódios nos quais a gente consegue subir montanhas altas, mesmo com Soroche (mal das alturas). Sempre há uma espécie de recompensa ao final, como paisagens belíssimas, que muitas vezes só vê quem consegue chegar em determinado ponto.

Porém, na tal subida ao Wayna Picchu, a "montanha principal" de Macchu Picchu que está aí na foto, resolvi me precaver e não fui com os meninos. É aquele lance de saber ousar, mas tendo consciência de seus limites. Como eu já havia visto no Youtube alguns videos mostrando como é a subida ao Wayna e já tinha sacado em outras idas à Macchu Picchu que aquela montanha era muito íngreme, decidi não ir. E então fiquei curtindo as ruínas lá embaixo, enquanto eles se lançaram em mais esta aventura que Humberto conta no post anterior. Para quem não entendeu onde os meninos subiram, eles chegaram ao topo dessa montanha aí da foto. Quem sabe um dia não consigo chegar lá também?

OBS: Na foto do post anterior, a "mancha" que se vê atrás do Humberto é Macchu Picchu, vista do alto do Wayna Picchu...

Crédito da foto: Humberto.