domingo, 30 de dezembro de 2007

Eu voltei


Gente, sumi do blog sem avisos por conta da correria de final de ano. Assim que acabaram as noitadas da Serenata de Natal, eu e Humberto nos mandamos para o interior de Minas. Chegamos hoje de volta e já estou avisando por aqui, antes que as criativas amigas paulistanas achem que fui parar no Pronto-Socorro ou que fui me exilar no Peru ou no Chile, como da outra vez.
Ainda estou cansada, amanhã registro aqui meus votos de feliz 2008 para tod@s.

Crédito da foto: Wilson Firmo

sábado, 22 de dezembro de 2007

Cantando na chuva para as prostitutas

Hoje foi o dia livre da Serenata de Natal, no qual nós mesmos, coralistas, votamos os lugares nos quais vamos cantar, antes de sair da UnB. Dentre os vários locais selecionados, cantamos no Setor de Diversões Sul (SDS), conhecido por muitos como Conic. Para quem não é de Brasília, uma breve explicação: parte do Conic, à noite, é uma região na qual as prostitutas se encontram com seus clientes.
Não lembro a hora em que chegamos lá. Deve ter sido uma e pouco da manhã. Caía uma chuva bem fininha. Parte do coro foi chamar as moças que esperavam pelos clientes embaixo do viaduto e parte ficou esperando na frente das boates do SDS. Quando todos se juntaram, nos concentramos e começamos a cantar. A garoa aumentava. Mas continuamos a cantar.
No ano retrasado, uma das moças nos disse que nós somos as únicas pessoas que se lembram delas. E este ano, outra moça pediu a um colega nosso para nos repassar uma mensagem parecida. Esses foram alguns dos agradecimentos que mais me marcaram fundo em tantos anos de Serenata de Natal. E confesso que hoje de madrugada, cantando para elas com os colegas debaixo da garoa fininha, eu me senti muito mais perto do aniversariante do Natal, ignorado ou esquecido por muita gente.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Serenata de Natal canta no Palácio do Planalto


Não poderia deixar de registrar nesse blog as aparições da Serenata de Natal da UnB. Aliás, a Serenata é um dos motivos pelos quais ando sumida do blog por esses dias...Principalmente para os amigos que são de fora de Brasília, deixo aqui alguns links para vocês conhecerem um pouco o trabalho de nosso coral. Nossa, daqui a pouco vão começar a pedir autógrafo para nós...


Clipping de fotos da Serenata que saíram na imprensa, montado pelo nosso colega coralista Clébio (em construção, mas tem muita coisa lá já):
http://www.flickr.com/photos/22016306@N03/

Matéria ao vivo no Bom Dia DF, da TV Globo:

TV Record:

TV Nacional:

TV Brasília:


Aparecemos hoje até na Agenda Cultural do Show da Xuxa, da TV Globo!!!

Essa é uma filmagem caseira que fiz domingo à noite:


Crédito das Fotos: José Cruz/ABr

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Acordando de madrugada pra cantar debaixo do Palácio do Planalto


Há coisas que só a Serenata de Natal da UnB me faz. Como, por exemplo, sair de casa de madrugada, na chuva forte, para cantar debaixo do Palácio do Planalto...isso parece coisa de doido varrido. Gente sem juízo. Humberto botou o despertador para 5 e meia da manhã. Acho que fui adormecer lá pelas duas, não conseguia dormir. Porém, acordei antes do despertador, com o barulho dos trovões. Detalhe: chuva com trovões de madrugada é fato raro em Brasília. Pensei: "Puxa, logo hoje o tempo está assim? Sacanagem!"

Dali a pouco, estávamos nós dois com o uniforme do coral, tentando disfarçar a cara de sono. Pegamos o carro, noite escura, chuva forte, ninguém na rua. Em alguns minutos, chegamos à Esplanada ainda praticamente deserta. Estacionamos o carro ao lado da Praça dos Três Poderes. Ao sair do carro, enfiei um de meus pés com toda a força numa baita poça de água. Ao dar mais alguns passos rumo ao Palácio do Planalto, os dois tênis estavam encharcados e um terço de minha calça também. Mas, pelo menos, o pior não aconteceu...como ainda estava de noite, e nós dois sem os respectivos óculos e ainda sonolentos, estávamos, sem perceber, caminhando rumo ao espelho d'água do Palácio. Poucos centímetros antes paramos e nos demos conta de que iríamos, literalmente, "entrar numa fria"...naquelas circunstâncias todas eu nem me lembrava da existência daquele espaço aquático. Demos então a volta e nos juntamos aos colegas. O sono era tanto que um colega nosso não havia percebido que a namorada, que também canta na Serenata, já estava no grupo e ia telefonar para ela perguntando se já estava a caminho.

Enquanto a gente se organizava na frente das câmeras de TV, um vento frio veio nos visitar. Até eu, que dificilmente tenho essa sensação em Brasília, comecei a sentir também algumas "beliscadas polares". Chegou, enfim, a hora de entrar ao vivo. Uma breve entrevista com o regente e, depois, um pedaço de "Boas Festas". Acho que ficou legal. Pensei: " Meu Deus, como a gente conseguiu cantar a essa hora da manhã, diante das câmeras, ao relento, com chuva, vento e frio?" Acho que é uma espécie de milagre do espírito natalino. Como é bom não ter juízo.

A programação da Serenata de Natal está em www.serenatadenatal.org . A foto acima, do ano passado, foi retirada desse site. Não sei se alguém fez foto da apresentação de hoje.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sinto uma tristeza alegre

Último dia de aulas. Não gosto de despedidas. E ontem teve um monte delas lá na universidade. No início da tarde, quando me deparei com a sala onde tive a aula da manhã vazia, mas ainda de luz acesa, bateu uma tristeza forte. Passou um verdadeiro filme em minha mente e meu coração. Apaguei a luz, como que para guardar com carinho tantas lembranças boas e tantos preciosos aprendizados durante o semestre. No final da aula da tarde, felizmente tive de sair correndo para outro compromisso. Não deu tempo de ver essa segunda sala vazia. Foi melhor assim.
É muito estranho sentir isso: uma tristeza alegre. Tristeza por não querer que o semestre terminasse tão rápido. Mas alegre pelo fato de meu "mochilão de viagem" estar agora maior. Porém, mais leve. Fascinante mistério que sente quem procura mergulhar a fundo nos infinitos atos do aprender.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Placa sinaliza salsa na escada

Este final de semana, a Serenata de Natal foi cantar em mais alguns hospitais daqui de Brasília. Num desses, deparei-me com uma placa muito curiosa, ao lado de uma escada, que mais me parecia indicar o seguinte: "Escada para casal dançar salsa". Fiquei pensando: como será dançar salsa numa superfície tão irregular quanto uma escada? Nem pensei em tentar fazer isso pois, do jeito que minha coordenação motora é "perfeita", eu poderia tropeçar, cair, e virar paciente daquele hospital, com uma bela bota de gesso numa das pernas. Porém, um colega do coral, o Romero, resolveu tentar a façanha. Com ele fazendo, até que não pareceu tão difícil. Só que agora falta testar com algum casal de bailarinos, para ver se as pernas e os pés de um e de outro se coordenam mutuamente nos degraus de uma escada, ao som daquele envolvente ritmo. Acho que vou chamar o Humberto para fazer o teste comigo numa das escadas do bloco. De preferência, num horário de pouco movimento.
Fica a sugestão para o pessoal do hospital: que tal inventarem a "Terapia Ocupacional da salsa na escada"? Pode ter uma ação realmente benéfica para a recuperação dos pacientes. Mas essa atividade deve ser realizada com cuidado e sob monitoria de enfermeiros, para não haver agravamento do quadro clínico.

Crédito da Foto: eu mesma.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Fizeram estrepolias com o Homem-Aranha na UnB

As fotos acima foram tiradas dias atrás, num evento realizado para crianças carentes lá no Centro Comunitário. A participação especial de hoje é do Amaro Júnior, o Homem-Aranha das fotos acima.

Vocês sabem o que é ser o Homem-aranha em evento para 4 mil crianças carentes?!
Já respondo: puxões de máscara, subidas nas costas, socos na genitália, dedadas nas partes opostas etc. Mas, não há dor nos músculos ou e em outras partes que me impeçam de estar lá ano que vem. Foi um dia para também ser criança, também ser lembrança. Ver um pequenino chegar a você e dizer coisas que, talvez espere ouvir, mas que nunca, nunca mesmo é demais saber:

- Cadê a Mary Jane?
- Você voa?
- Tira a máscara!
- Me dá o capacete!
- Solta teia, solta!
- Eu tenho uma sandália sua.
- Te vi na TV!
- Você é de verdade...
- Me roda, Homem-aranha!
- Homem-aranha! Homem-aranha! Homem-aranha! Homem-aranha! Homem-aranha!

...E por aí vai...
Crédito da Foto: Monique Renné/CB

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Retrato fiel do final de semestre

Final de semestre na UnB: canseira geral. Esse é um flagra tomado numa sala de aula da Pós na quarta-feira pela manhã. Aliás, a sala de aula ideal para mim, nessas alturas do campeonato, seria com redes. E não estou falando de computadores não, estou falando é de redes de linha mesmo, daquelas que permitem a nós todos ficarmos instalados da maneira mais confortável possível. Das duas uma: ou o rendimento seria bem melhor, ou muitos dormiriam de vez.

Crédito: eu mesma.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Minhas saudades são eternas como a neve da cordilheira dos Andes

As saudades que tenho do Peru e da Bolívia são eternas como as neves das cordilheiras dos Andes. Quem quiser boas dicas para as próximas férias, ei-las! Se a viagem for programada direitinho, você tem enormes chances de gastar pouco, aumentando sua bagagem cultural, artística, vivencial, emocional, culinária, etc...
Na foto, momentos de grande felicidade: eu com uma garrafa de Inka-Cola na mão, acariciando meu "animalzinho de estimação temporário", e com aquela linda visão de Huayna Picchu, a principal montanha de Macchu Picchu, no Peru. Por falar nisso, se alguém for para aqueles lados, favor me trazer uma garrafa de Inka-Cola. Estou em crise de abstinência...
Crédito da Foto: Humberto Gloor Campos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Escrevendo às 3h46min da manhã...

Tenho vários amigos insones. Às vezes, quando fico acordada até mais tarde, deixo o MSN e o Google Talk ligados observando o movimento da galera conforme os horários. Lá pela meia-noite, geralmente meu MSN está estilo "torcida do Flamengo". Hoje, por exemplo, havia mais de vinte pessoas ali online aquela hora.
Hoje, aliás, ontem à noite, tomei três xícaras de café na escola. Como eu havia esquecido de lanchar em casa, havia acabado as emergenciais barrinhas de cereais de minha bolsa e, para completar, comeram todos os biscoitos que costumavam ficar num pote de vidro em cima da geladeira da cozinha da escola, apelei para o café mesmo, apesar de saber que, no meu caso, isso é insônia certa. Mas até que foi bom...tenho que enviar uma matéria que me encomendaram até amanhã e acabei adiantando já parte do texto. Adoro escrever de madrugada. Tenho a impressão que os ares ficam mais favoráveis para a atividade intelectual, já que a maioria dos cérebros da cidade estão ocupados neste momento numa outra dimensão: a dos sonhos...

Foto extraída de http://issomesmo.com/2007/07/10/produtividade-na-insonia/

domingo, 2 de dezembro de 2007

A verdadeira timidez de nascença


Hoje a Serenata de Natal da UnB foi cantar no Hospital Regional de Taguatinga. Quando fomos visitar o setor de Ginecologia e berçário de lá, nós nos deparamos com um fato curioso: uma mãe chegou para dar à luz uma menina há uns três dias, mas vai sair com duas. Parece coisa de promoção de supermercado estilo: "pague um e leve dois"...

A recém mãezinha em dose dupla nos explicou que a segunda neném não foi localizada na ultrassonografia e o médico também não escutou um segundo coração batendo nos exames. Segundo ela, quando ele fez o parto, descobriu a tímida menininha escondida atrás das costelas da moça e fez algum comentário do tipo: "Ih, tem mais uma aqui!". Fico imaginando a cara de espanto do médico mas, principalmente, da mãe. Eis um autêntico caso de "timidez de nascença". E lá estavam as duas, uma de roupinha rosa, e a outra de roupinha verde, escutando as músicas que apresentamos. Espero que ambas tenham gostado, assim como todas as crianças, mamães e enfermeiras que estavam lá na hora.