quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O canto das cigarras: um singelo prazer primaveril

Em meio a esse calorão primaveril no Planalto Central que me traz muito desconforto, pressão baixa e moleza no corpo, pelo menos uma coisa me agrada nessa "estação": o canto das cigarras. Não falo das flores, que também adoro, porque elas andaram surgindo por aqui antes da chegada oficial da atual "estação". Em minha classificação pessoal, elas são "invernais". Porém, as cigarras, chicharras ou coyuyos, como também são chamadas pela América Latina afora, realmente só tem surgido por aqui em setembro, ao longo dos anos, pelo menos até onde me lembro, mesmo com as reviravoltas climáticas.

Não sei explicar o porquê, mas gosto demais de seu canto. Talvez seja porque, para mim, é como cheiro de lenha queimando: traz a beleza e a pureza de tempos ancestrais.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lúcia: a sorte grande no sábado à tarde

Sábado à tarde eu e Humberto estávamos saindo da Leroy Merlin quando, de repente, ele nota que meu semblante se transfigura em décimos de segundo e grito alguma coisa que, devido ao barulho do ambiente, não consegue entender. Em seguida, clamores de alegria enlouquecidos e, enfim, descobre quem me causou tanto alvoroço: uma grande amiga nossa, a Lúcia. Apelidada pelo Ivan de "o grande mistério da humanidade", o que essa criatura tem de querida tem de sumida. É do tipo que dificilmente se consegue contactar pelo celular, pelo telefone fixo (esse pior ainda) ou mesmo por e-mail (ela tem vários correios eletrônicos e a gente nunca sabe qual ela vê). Certamente, os amigos em comum que lerem este post vão mandar a gente jogar na loteria...

Metade de Brasília procura por essa moça, mas quase ninguém tem o grande prazer de encontrá-la. Anos atrás, cheguei a criar uma comunidade no Orkut chamada "Lúcia, troque seu celular", com direito ao tópico "Estratégias para encontrar Lúcia". Gente que nem a conhece chegou a entrar nessa para ajudar. Porém, não adiantou nada. Segundo a própria, "não é uma questão de trocar o celular...é mais de encontrar o carregador" (!!!!) Depois dessa comunidade, abriram até uma outra, de apelo mais emocional, chamada "A Lúcia não gosta mais da gente". Porém, tudo em vão...

É tão bom estar com ela! Uma das mulheres mais inteligentes que conheço e também das mais engraçadas...foram uns quinze minutos conversando na porta da loja, num gostoso entremeio de gargalhadas, risos e sorrisos. Tomara que esses quinze minutos se repitam mais vezes!

Antes que eu me esqueça...o Serviço de Utilidade Pública informa: atualmente a maneira mais fácil de falar com Lúcia é pelo Facebook. Pasmem, senhoras e senhores: num mesmo mês, consegui papear com ela online três vezes por essa via! YES!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Maná, do México, em nossa sexta musical

Dos músicos latinoamericanos que ando colocando toda sexta-feira aqui, talvez o menos desconhecido no Brasil seja o grupo Maná, do México, por conta de uma música deles que estourou numa novela da TV Globo anos atrás. O nome dessa novela já não me lembro mais, mas o da canção era "Vivir Sin Aire", a qual apelidei aqui em casa de "Melô de La Paz"...

A música "Cuando los Angeles Lloran", foi feita em homenagem ao brasileiro Chico Mendes. É muito linda. Quem quiser acompanhar a letra, ela está aqui. Quem quiser ver o vídeo, ele está aqui. Sabe-se lá porque, o recurso de incorporação do You Tube está com problemas (pelo menos agora enquanto estou escrevendo) e não consegui "grudar" o vídeo em meu blog.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

As "pedrinhas" nas estradas peruanas

Ontem vimos essa foto no site da RPP Notícias lá do Peru que nos fez recordar parte de nossa viagem, quando voltávamos de Aguaytia, na Amazônia, para Lima. Devido a vários paros (bloqueios) nas estradas, só conseguimos sair da Selva na antevéspera de nosso voo de volta ao Brasil. Recordo-me que, pouco depois de liberarem uma das estradas, passávamos por ela à noite e eu rezando ali para chegarmos sãos e salvos à capital. Eram literalmente curvas após curvas beirando precipícios, sem exageros, e, apesar da escuridão, em alguns trechos dava para notar que parte do asfalto havia ido embora com fortes chuvas que costumam ocorrer por ali.

Eu já estava tensa, mas fiquei mais quando chegamos numa parte da rodovia onde dava para ver ainda várias "pedrinhas" de um dos recém-terminados paros. Como se já não bastassem as curvas em sequência, os precipícios e a escuridão, o carro ainda tinha que desviar de ditas cujas como essas da foto acima...

Por essas e outras eu sugeriria ao pessoal da Disney Adventures , agência de turismo da Walt Disney, para incrementar um pouco mais seu rol de atrações que, por enquanto, só contam com dois pacotes turísticos para levar famílias dos Estados Unidos à América do Sul: Equador com Ilhas Galápagos e Peru (Lima - Cusco - Macchu Picchu e Vale Sagrado). Poderiam criar um pacote adicional a esse já tradicional do Peru englobando recorridos em mais estradas país adentro. Garanto que faria muito mais sucesso que o Rafting no rio Urubamba...

Crédito da foto: RPP Notícias

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Minhas gatas: misto de agente secreto e enfermeira

Pantera na janela da área de serviço apreciando o movimento do mundo exterior.

MaluCat flagrada ao lado do "incremento pós-moderno" que ela produziu em minha máquina de lavar...

Li em algum lugar que os gatos entendem tudo o que a gente fala (quando é do interesse deles, claro). Não duvido, pois eles costumam nos olhar com uma profundidade amedrontadora. Parecem nossa consciência nos acusando de algo que fizemos errado, é incrível. Além disso, são curiosos ao extremo. Minhas duas gatas, a Pantera e a já famosa Malu Cat Valentina (perceberam o trocadilho do nome?) devem saber de pelo menos metade das conversas da vizinhança, pois amam ficar nas janelas da área de serviço observando o movimento das pessoas. Dariam ótimas agentes secreto. Quando o zelador de nosso bloco fica lavando alguns carros na hora do almoço, sua folga do serviço, invariavelmente uma das duas, ou as duas, estão lá na janela, quase despencando com metade de seus corpinhos peludos projetados para fora, prestando o máximo de atenção no que ele faz lá embaixo e se encantando com o barulho do aspirador de pó...

Mas uma das coisas que mais me encanta nelas é a sensibilidade. Além de possivelmente entender o que falamos, é bem provável que entendam também o que a gente sente. Várias vezes, quando estive com fortes cólicas, elas vieram me fazer companhia se aninhando em meu colo e lambendo minha testa. São minhas pequeninas e divertidas enfermeiras.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os animais se rebelam em Brasília.

Esta semana no noticiário de TV daqui deu para perceber como os animais andam se rebelando no Distrito Federal.

Outro dia morri de rir quando mostraram, no DFTV, um casal de águias que, instalado no alto de postes de luz, fica vigiando o movimento de uma casa no Guará. Quando a dona da casa aparece na varanda, o pássaro voa em direção a ela de maneira ameaçadora. Aliás, basta o cachorrinho da casa aparecer ali que a ave faz a mesma coisa. Se o bichinho vai passear no gramado em frente à sua residência, ocorre o mesmo. Aliás, é bom o cãozinho tomar cuidado, senão dia desses o pássaro ameaçador é capaz de capturá-lo com suas garras e sair voando com ele para uma viagem panorâmica de destino incerto pelos céus de Brasília...

Outra notícia foi a da infestação de abelhas no gabinete de um senador. Alguns de seus funcionários chegaram até a ser picados por elas, causando muita confusão e rebuliço. O interessante é que ali por perto também reside uma família com três saguis. A equipe da TV até conseguiu filmar os simpáticos animaizinhos que certamente estavam por ali para vigiar o trabalho do senador e de seus assessores. Pena que não lembro em qual emissora vi essa matéria.

Essas notícias das travessuras dos animais aqui no DF está me fazendo lembrar a obra "Revolução dos Bichos", de George Orwell. Só espero que minhas gatinhas aqui em casa não resolvam fazer travessuras extras, seguindo o exemplo de seus coleguinhas do reino animal...

A matéria do casal de águias está aqui para quem quiser ver.



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O chileno illapu em nossa sexta musical

Em 2006, depois de uma das viagens ao Peru, descobri pelo acaso esse grupo chileno. Havia comprado um CD com videoclipes de vários grupos latinoamericanos e os do illapu estavam bem no final. Para mim, foi uma grata surpresa: ainda não os conhecia e adorei cada música que lá estava. A partir daí, tornei-me fã ardorosa deles e Humberto também.

Um belo dia, lembrei-me de perguntar ao Kleiton Ramil, que também adora música latinoamericana, se já conhecia o illapu. Ele havia dito que não e então lhe mostrei algumas canções do grupo. Kleiton também virou fã deles na hora! Mas o que ninguém esperava aconteceu meses depois: ele e seu irmão, Kledir, foram convidados a cantar num mesmo show com o illapu no Memorial da América Latina, em São Paulo, em setembro de 2007. Kleiton depois me contou que havia ficado extremamente surpreso com o convite. Eu brinquei dizendo que isso não era coisa minha. Apenas foi uma coincidência meio "bruxal"...

Eu e Humberto não tivemos dúvidas, pegamos um ônibus a Sampa e assistimos ao show. Não nos arrependemos! E tomara que o illapu volte mais vezes ao Brasil, novamente dividindo o palco com grandes músicos brasileiros (se bem que naturalmente eles já fazem isso, pois o Sidney, atual baterista deles, foi importado daqui).

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Com inveja dos legumes da geladeira

O calor aqui está insuportável. Tanto eu como Humberto odiamos esta temperatura, que só nos serve para tirar parte de nossa saúde, baixar minha pressão e me esmorecer a vitalidade. Até as gatinhas parecem ficar mais desanimadas. Agora mesmo fui procurá-las e ambas estavam em suas caminhas, lá na área de serviço, com carinhas de ressaca absoluta.

Fui afinar meu violino e até o coitado está sofrendo com esse clima inclemente. Suas cravelhas estavam se rebelando contra mim: apertava uma, a outra se soltava. Quando apertava essa, era a primeira que cedia, e assim por diante. Fui ficando brava, brava, até que lembrei da dica de um ex-professor meu, de esfregar giz nelas. Pacientemente, soltei cada uma das quatro cordas para impregnar com giz as cravelhas e depois colocá-las de volta, uma por uma, na afinação certa, num tremendo exercício de minha porção chinesa familiar...no final das contas, parece que o estado de caos de meu violino desapareceu. Fiquei cerca de uma hora nesse processo ontem à noite e, depois, guardei meu violino no banheiro para tentar manter sua afinação (o fresquinho e a umidade ajudam, outra dica de um ex-professor). Vou ver depois se ele se comportou de ontem para hoje.

Depois, abri a geladeira para pegar uma cervejinha e confesso que fiquei com inveja das batatas, pimentões e maçãs que lá estavam naquele friozinho gostoso. Pena que não tem lugar para mim lá dentro...adoraria fazer companhia a eles!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Victor Jara: calaram sua voz, mas dela surgiram milhares de outras





Amanhã faz 36 anos que o cantor, compositor, jornalista, professor universitário, diretor teatral Victor Jara foi assassinado, no Estádio Chile, lugar que atualmente leva seu nome. Lembro que há algum tempinho perguntei a um ex-professor meu da UnB, espanhol, se ele conhecia as músicas de Victor. Ele me respondeu, com uma divertida ironia terna: "Mas claro, ele era um de meus ídolos de infância...sou europeu, mas se esqueceu que também sou latino?!" Desde esse dia, fui pesquisar um pouco mais sobre Victor e descobri que sua música realmente havia corrido o mundo mais do que eu imaginava.

Cortaram suas mãos e calaram sua voz. Aliás, pensaram que ele havia se silenciado para sempre. Sem querer, fizeram com que dela brotassem outras milhares de vozes...

Aqui fica minha singela homenagem ao Victor. No vídeo mais acima, está ele cantando "El Derecho de Vivir en Paz". No vídeo mais abaixo, o grupo chileno Chancho en Piedra cantando uma versão roqueira da mesma canção.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um outro 11 de setembro: o da América Latina

Inevitavelmente, um dos eventos históricos que foram lembrados e relembrados pelos grandes meios de comunicação no último 11 de setembro foi o episódio do World Trade Center, nos EUA.
De uma maneira mais discreta, alguns noticiaram sobre o 36º aniversário do golpe militar no Chile, fato bem mais próximo de nós do que o primeiro, não desmerecendo o ataque às torres gêmeas como fato jornalístico e histórico, claro.
Em ambos os episódios havia conflito de interesses. Em ambos, morreu muita gente. Em ambos, várias famílias e sonhos foram despedaçados. Só que em um, a "pirotecnia" e o local em si impressionou mais.
Duas sugestões de breves leituras, ambas em português, sobre o golpe militar do Chile:
Crédito da foto: Humberto.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Argentina em nossa sexta musical: Soledad Pastorutti

Esta semana, mais uma de minhas cantoras prediletas aqui no blog: Soledad Pastorutti, ou simplesmente Sole, nascida na província de Santa Fé, na Argentina. Dona de uma voz forte e vibrante, ela é conhecida por lá como "el huracán de Arequito" ("O Furacão de Arequito", cidadezinha onde nasceu), trazendo uma roupagem jovem à música folclórica argentina. Se antes de nascer eu pudesse escolher uma voz para ter, gostaria de ter a voz dela.

No videoclipe "El Tren del Cielo", no qual canta com sua irmã Natália, além de apreciarmos a música em si, podemos degustar também paisagens lindas das cordilheiras do noroeste da Argentina. Como esse vídeo está com incorporação desativada, peço que cliquem aqui para vê-lo.

Crédito da foto: http://www.lasole.com/

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cadê meu óculos?!

Estou há horas sem meus óculos...ainda bem que tenho pouca miopia e essa ferramenta só me faz mais falta quando vou tomar um ônibus. Mesmo assim, fico em estado de permanente desasossego se não a encontro.

Atenção cientistas de plantão por aí: favor inventarem um óculos que emita sinal sonoro bem estridente quando estiver fora da cara de seu proprietário. Mas, claro, com direito a um botão de liga/desliga acoplado e também a um pequeno controle remoto...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Se a linha está irregular o passageiro paga o pato?!

Já estamos de volta a Brasília depois de uma breve fuga ao estado de Minas Gerais. E por falar em MG, um aviso a quem costuma pegar os ônibus da empresa União, especificamente na linha Brasília-São Lourenço: a empresa perdeu a liminar que lhe dava direito a vender passagens para a dita cuja. Na noite da sexta-feira, 4 de setembro, o ônibus em que estávamos foi parado pela Polícia Rodoviária Federal ainda dentro do DF, por isso. Éramos cerca de 40 passageiros indignados, ora questionando o acontecido junto à Polícia, ora junto aos agentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que lá estavam.

Disseram-nos que, conforme a lei, a empresa teria até duas horas para mandar outro ônibus para lá a fim de cumprir a prestação de serviço. Como, obviamente, em véspera de feriadão, nem a própria União, nem a Gontijo, nem a Polícia Rodoviária, nem ninguém mais teria outro ônibus, ocorreu o óbvio: depois de duas horas e meia, aproximadamente, fomos liberados para seguir viagem.

Tudo bem, seguiram a lei direitinho. Mas...há um problema aí: quer dizer que nós, passageiros, temos que ser prejudicados e muitos chegarem atrasados a seus compromissos por culpa de uma irregularidade da empresa de ônibus da qual não tínhamos conhecimento? A Polícia deveria multar a empresa e liberar o veículo de imediato, já que o bom senso e a data mostravam que realmente ninguém teria outro ônibus para substituir aquele no qual estávamos...a única saída possível ali seria prosseguir no mesmo veículo.

Mas e porque os fiscais da ANTT não cuidam de impedir a venda de passagens para linhas sem liminar lá na Rodoferroviária? Ao ser questionado, um dos agentes da ANTT, lá no meio da estrada, disse que eles não tem esse poder...como não? Então quem é que cuida de casos assim? Alguém poderia nos informar? A "batata quente" vai para quem?

A sorte é que havia uma advogada no ônibus que pegou nomes e telefones dos passageiros todos com o intuito de entrar com uma ação coletiva contra a empresa União. Tomara que ela vá avante com isso e dê um baita rombo nesses caras. Afinal, certas coisas só se endireitam quando dói no bolso, não é mesmo?

domingo, 6 de setembro de 2009

Agora o diálogo é com o fogão!

Antes do diálogo com a geladeira, tive um dedinho de prosa com o senhor fogão também. O velho exemplar desta espécie aqui em casa também teve de ser trocado, já que volta e meia me assustava e me ameaçava soltando um estranho foguinho azul por detrás dele. Creio que se tratava de um caso sério de fogão "estressado", uma vez que havia prestado serviços por anos a fio. Isso fora o fato que ele, de uns anos para cá, passou a acender só com isqueiro ou fósforo porque uma gata que tivemos costumava se esconder na parte de trás dele às vezes e, quando fazia isso, costumava roer os fios elétricos que lá estavam (!!!).

Pois é, esse pobre fogão realmente já estava mesmo na época de se aposentar...

Chegou o novo, fiquei contente. Li o cansativo manual de instruções. Resolvi inaugurar o novo eletrodoméstico assando uma bela torta em seu forno. Mas quem disse que eu conseguia acender o dito cujo? Levei aproximadamente meia hora tentando de um jeito, tentando de outro, até que consegui a proeza de fazer o fogo do forno se manter ali firme e forte. O stress do fogão antigo já estava começando a me contagiar e eu chegava a ameaçar o novo, dizendo: "Vê se acende logo aí e deixa de frescura, fogão não pode ser fresco, senão não assa nada!"

Tive a impressão que o manual de "não -instruções" estava me sacaneando. O texto podia conduzir o leitor a várias interpretações sobre os procedimentos de como deveria ser o singelo ato de acender o fogo. Por isso, só fui conseguir lá pela 59ª tentativa...

sábado, 5 de setembro de 2009

Dialogando com a geladeira nova

Ontem chegou nossa geladeira nova. Enorme, mais ou menos de minha altura. Dessas que você pega água gelada na porta pressionando uma alavanquinha com o próprio copo. Confesso que me senti uma caipira olhando, boquiaberta, para aquele eletrodoméstico imenso e todo pós-moderno. Se bem que geladeira na qual você pega água na porta já existe faz um tempão, eu é que nunca tive uma assim. Falei com Humberto que o troço bonito e prateado tava parecendo até uma mini-nave espacial!

Depois de passado o deslumbramento inicial com a coisa, a hora da realidade: pegar o manual de instruções para saber direitinho o que fazer e o que não fazer com a tal "mini-nave". Morro de preguiça de ler manuais de qualquer coisa, mas como nosso dinheiro não dá em árvore, sou movida pela plena consciência que essa geladeira tem que durar o máximo possível. Comecei então a "leitura de bordo" da "mini-nave".

Sobre sua limpeza, é um tal de lavar as partes X e Y com bicarbonato de sódio e água morna, as partes W e Z com água e detergente neutro, passar só um paninho não sei onde...ai ai! Se atualmente as tecnologias andam tão avançadas, porque não inventam logo uma geladeira que, ao toque da mão, emita algum sinal ou mesmo uma gravação de voz indicando, por exemplo: "Aqui, limpe com bicarbonato! Aqui, limpe com detergente! Aqui, só com água..." e assim por diante? A gente já tem que armazenar tantas e tantas informações em nosso cérebro, no dia a dia, bem que os fabricantes de eletrodomésticos poderiam facilitar um pouco mais certas rotinas do lar para nós, não é mesmo?

Por falar em sinais, já estava esquecendo de contar que essa geladeira, quando fica determinado tempo com a porta aberta, começa a emitir um sinal sonoro chatinho como alerta. Quando estava transportando os alimentos da geladeira velha para a nova, cansei de ouvir o barulho e comecei a conversar com a dita cuja: "Calma, calma, não tá vendo que estou apenas colocando as coisas dentro de você? Não te esqueci aberta não, pô...".

As gatas assistiram a cena de meu diálogo com a geladeira de olhos arregalados. Provavelmente, estavam pensando: "Minha dona despirocou de vez! Dias atrás, estava conversando com o fogão, agora com a geladeira...Acho que vou sair daqui de perto senão vai sobrar pra mim".

Depois conto o diálogo com o fogão...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Julieta Venegas: um pop do México para o mundo





Em nossa Sexta Musical desta semana, apresento uma de minhas cantoras prediletas: a mexicana Julieta Venegas. No Brasil, ela fez seu primeiro show em agosto do ano passado e chegou a gravar músicas com Marisa Monte e com Lenine, proporcionando aos fãs momentos binacionais/universais muito bonitos. Julieta canta, compõe, toca violão, piano, acordeon e abraça diferentes tendências musicais.

Tomara que volte mais vezes!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Outra fruta pra vocês adivinharem qual é...

Sobre o post entitulado "Que fruta é essa?" de dias atrás, apenas a Fabiana acertou: trata-se do fruto da lobeira, árvore típica do cerrado, muito apreciado pelos lobos e, segundo muitas pessoas, também de efeito medicinal. Parece que suas folhas tem efeito anti-reumático. Dizem que suas flores e frutos podem ser utilizados para tratar asma, gripes e resfriados.

Agora coloquei outra fruta aí acima para vocês adivinharem o nome. Será que alguém acerta?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Lhamas: uma de minhas quase compulsões fotográficas

A Anakira, de Curitiba, comentou que as lhaminhas acima
parecem "periguetis" num baile funk.

Fiz carinho nela, mas a bichinha só queria saber de rangar a grama...

Dias atrás comentei de meu bem querer por pinguins. Além deles, outro animal que adoraria ter em casa seria a lhama. Para compensar um pouco a falta desses meus frustrados objetos de desejo do mundo animal, pelo menos posso tê-los no formato fotografia, em meu computador...aliás, tenho verdadeira fixação por lhamas. Cada vez que piso no altiplano tanto do Peru como da Bolívia, saio fotografando um monte delas como se fosse a primeira vez, dos mais variados ângulos possíveis. É quase uma compulsão incontrolável... dia desses acabo montando uma exposição fotográfica só com imagens desses bichinhos paradoxalmente tão esnobes e simpáticos.

As fotos acima foram tiradas nas ruínas de Macchu Picchu. As lhamas passeiam por ali na maior tranquilidade, pastam (são as cortadoras de grama oficiais daquelas ruínas), sobem e descem escadarias com destreza, não se importando com o intenso vai e vem de turistas. Aliás, uma delas quase cometeu a ousadia de pisar no meu pé, durante uma descida meio lotada tanto de lhamas como de pessoas.

Às vezes tenho a impressão que elas olham para nós e pensam: " O que será que todos os dias esses animais estranhos com um troço nas costas e outro nas cabeças vem ver aqui?"

Crédito das fotos: a primeira, eu. A segunda, Humberto.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Imaginem o cerrado cheio de neve

Chega setembro. Em Brasília, ele vem este ano de uma maneira deliciosamente estranha: com os gramados da cidade já razoavelmente verdes em virtude de benfazejas chuvas temporãs ocorridas em agosto. Para quem não conhece o DF, explico: chover em agosto por aqui é algo raríssimo, fato que beirava o impossível. Com muita sorte, em alguns anos, a gente chegou a ver uns breves chuviscos, mas mesmo esses eram motivo para estranheza. A chuvona mesmo, pra valer, só costuma aparecer lá pelo final de setembro ou outubro, por aí....este ano, fomos premiados.

Já que choveu forte em agosto neste rincão, agora torço para que venha uma bela nevasca no próximo inverno. O cerrado todo branquinho ficaria muito bonito, não acham?