sábado, 31 de outubro de 2009

Dessa vez a "mini-macumba" é com manga!!!!

Quase não acreditei. Aconteceu de novo...vocês se lembram do episódio do milho e da batata em cima da caixinha de botão do semáforo? Só que desta vez, ao tentar atravessar a rua, deparei-me com uma manga em cima da tal caixinha (!!!!!). Quem não se lembra do episódio acima citado, por gentileza, clique aqui.

Tudo bem que há uma quitanda bem perto do sinal. Isso explica a facilidade em se colocar mangas, batatas, milhos e similares ali. Mas não explica os motivos de tais atos. Será mesmo uma "macumba minimalista pós-moderna" como citou o Jica uma vez? Será que algum sujeito muito preguiçoso resolveu apoiar ali sua manga enquanto apertava o botão para o sinal ficar verde e acabou esquecendo a fruta? Será que algum estudante de comunicação resolveu fazer um ensaio fotográfico abordando o tema do inusitado naquela rua? Vá saber...

E você, o que acha?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Rock, folclore, latino, afro e hip-hop: tudo ao mesmo tempo no peruano La Sarita!



Na sexta musical desta semana, apresento o La Sarita , grupo de rock peruano que tem fãs no mundo inteiro e mistura o mencionado no título acima com letras que remetem à consciência social. Sonzaço instigante! Como amostra do trabalho dessa banda, vale a pena ouvir "Guachiman", prestando atenção à sua letra aqui , ao vídeoclipe e aos detalhes dos arranjos todos.

OBS: para curtir os vídeos das sextas musicais sem a interferência das músicas de fundo do blog é só clicar no botão de pausa de minha hit parade, ali à esquerda.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A pausa também é música


Esta semana escrevi um comentário num post do blog do Jica sobre suas vontades atuais de escutar reggae. Modéstia à parte, achei bonito. Reproduzo aqui o breve escrito:

Que legal...tem dias que amanheço com espírito Beatles...tem dia que amanheço espírito rock anos 80..tem dias que amanheço Julieta Venegas...e assim por diante...mas também há dias que amanheço com uma pausa imensa na partitura de minha mente... Beijos!

Lembrei-me agora de algo que vários professores já me disseram: "a pausa também é música".

Crédito do desenho da pausa de semínima
aqui.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alguma coisa acontece no meu coração quando eu cruzo a Ipiranga...

Stella, Rose, eu e Mariusa: amigas paulistanas reunidas num
gostoso almoço numa tarde de sábado.
A visão da aterrissagem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, meio assustadora pela proximidade excessiva dos prédios, é também motivo de eufórica alegria para mim. Não adianta, tenho uma atração fatal e irresistível a cidades imensas e poluídas, fazer o quê? São Paulo, Lima, Santiago, Buenos Aires, Barcelona, Madrid, Paris...em nossas andanças mochileiras pelo mundo, boa parte das grandes metrópoles que conheci, com poucas exceções, estão na minha lista das cidades prediletas. Gosto da caleidoscópica diversidade de opções e de pessoas num mesmo lugar, do denso caldo antropológico da cultura intensamente urbana.

Mas, além desse contexto, no qual Sampa naturalmente se insere, há outro motivo que me faz ficar feliz quando vou pra lá: as amizades. Curiosamente, fui me enredando, ao longo dos anos, numa teia muito especial de amigos paulistanos de diferentes "tribos" por conta de trabalhos que tive, vida acadêmica, envolvimento em ONGs, gostos musicais em comum e outros motivos. Outro dia, ao visualizar o mapa do metrô para planejar minhas visitas, me dei conta que tenho gente querida polvilhada literalmente nos quatro cantos da cidade. O problema é que nunca dá para ver todas as pessoas que quero, o tempo é pouco e o próprio tamanho e dinâmica da cidade faz com que isso seja complicado. Por isso, deixo aqui minha homenagem pública a todos os amigos de Sampa, tanto aqueles que consegui visitar desta vez como aqueles a quem continuo devendo visita.

Todos vocês são especiais para mim de algum modo. Amigos no sentido essencial da palavra, não apenas colegas (para mim as duas palavras tem sentido muito diferente). Gente com o qual dá prazer conversar, estar junto, mesmo que na maioria das vezes seja por internet. Gente que consegue ler nas entrelinhas. Gente com a qual dá para compartilhar segredos. Às vezes tenho a impressão que estamos ligados por uma família em outra dimensão, por laços que talvez sejam mais fortes que o do DNA: é um sentimento ao mesmo tempo misterioso e concreto.

E por falar em entrelinhas, aqui vai um recado que certamente entenderão: assim como Lima é a minha São Paulo peruana, São Paulo é minha Lima brasileira...

Crédito da foto: Juan Montero, marido da Rose.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pinacoteca de São Paulo: algumas horas de deleite estético

Parque da Luz: depois de me deleitar com as obras da Pinacoteca,
foi a vez de apreciar a paisagem

Visão frontal do prédio da Pinacoteca.

Um de meus quadros prediletos da exposição de Matisse.

Dias atrás, em Sampa, aproveitei pra finalmente conhecer por dentro um lugar o qual já havia passado várias vezes do lado de fora: a Pinacoteca. Ao lado da Estação da Luz e com o lindo parque, também da luz, coladinho ao prédio, o lugar é bastante agradável. Lá, os visitantes podem desfrutar tanto do acervo local como das exposições temporárias.

Aproveitei que estava sozinha no dia dos professores e mandei ver: passei proveitosas quatro horas apreciando quadros, esculturas e instalações. É isso aí: certos programas como este prefiro fazer sem companhia, por conta de meu método cansativo para a maioria de ir "sugando" cada obra de arte com o olhar. Sou daquelas que olha um quadro bem de pertinho, olha de longe, olha das laterais, volta a olhar de perto, repara no tipo de pincelada do pintor, no jeito de ele trabalhar as cores, no modo que ele fez para produzir o brilho do olhar de uma figura humana, etc. Para piorar, ainda fico lendo os folderes da exposição para conhecer mais de determinadas obras. O que para muitos seria uma tortura, para mim é um deleite.

Porém, não me senti nem um pouco só lá dentro: naquela quinta-feira, havia várias pessoas fazendo o mesmo pela Pinacoteca, incluindo alguns grupos de estudantes, acompanhados de monitores e professores. O legal foi observar o interesse de crianças e jovens pelas obras e se divertir com os comentários de alguns. Um dos monitores da Pinacoteca foi mostrar um dos autorretratos de Matisse para um grupo de crianças. Uma delas comentou, em voz alta: "Ah, é fácil fazer isso...é só olhar no espelho!". Uma outra ainda falou: "Ah, nesse outro quadro aí do lado ele tá meio bravo, né, porque será?"


Por falar em Matisse, essa é a primeira vez que uma exposição individual dele vem ao Brasil. Gostei muito do que vi, adoro a forma como ele trabalhava as expressões humanas com traços simples e as cores vibrantes em suas pinturas. Para quem mora em Sampa ou vai passar por lá esses dias, fica a dica. Essa exposição dele fica na Pinacoteca até o feriado do dia 2 de novembro.

Crédito das fotos: eu mesma.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O nome da fruta misteriosa é lúcuma

Só hoje me lembrei de responder a um post que fiz semanas atrás perguntando que fruta é essa da foto. O Daniel Sávio achou que se tratava de alguma fruta do cerrado e disse que nem iria tentar adivinhar. Na verdade, sua sugestão de localização geográfica dessa fruta passou longe, bem longe. Na verdade, ninguém acertou...aliás, há alguns leitores específicos deste blog que poderiam acertar facinho, facinho, mas ficaram quietinhos. O nome da fruta acima é lúcuma e não existe no Brasil. É muito encontrada no Peru, Bolívia e Chile, até onde sei. Os exemplares que aparecem na foto acima eu comprei de um vendedor numa rua de Lima, lá no Peru. Fui tentar comer uma depois de tirar a casca mas não gostei lá muito...ela é meio gordurosa como o abacate mas o sabor não tem nada a ver com este. Em compensação, a lúcuma é mais que perfeita para produção de sorvetes (um dos mais gostosos que eu e Humberto já provamos), iogurtes, musses, pudins e similares.

Aliás, duas dessas lúcumas da foto ficaram, por esquecimento meu, num saquinho dentro de meu mochilão. Quando voltei ao Brasil, tive a grata surpresa de reencontrá-las e aproveitei para fazer um musse. Modéstia à parte, um dos melhores que já fiz, e não sou eu quem está contando vantagem, podem perguntar ao Humberto que ele confirmará o veredicto. Aliás, acabei de lembrar que estou com um pouco de lúcuma em pó aqui em casa, dia desses vou fazer o teste do musse com ele para ver se dá tão certo quanto deu com a fruta in natura.

Aqui no Brasil, o gosto da Abiu lembra um pouco o da lúcuma, só que muito mais suave.

sábado, 24 de outubro de 2009

Tô precisando de um macho...

Calma, calma, pessoal...deixa eu explicar melhor o título deste post. É que uma de nossas gatinhas, a já famosa e legendária MaluCat Valentina, está no cio por esses dias e não deixa ninguém dormir direito à noite com seus miados, uivos e latidos (!!!), intercalados por apenas alguns momentos de silêncio ardorosamente desejados pelos seres humanos que habitam este apartamento. Ou seja, preciso urgentemente de um macho, um gato macho, para dar um jeito na pobrezinha.

Durante algumas noites, prendi a MaluCat numa casinha de plástico, como não havia outra alternativa por perto. Sabe-se lá porque ela fica quietinha lá dentro. Porém, confesso que me sinto uma carrasca fazendo isso.

Semana que vem passarei na veterinária para ver se há algum remédio que abrande os incômodos do cio da gata. Caso não exista nada nesse sentido, a solução para o problema vai ser mesmo arrumar um gato. Alguém aí tem algum para me emprestar ou alugar uma vez por mês?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Salsa cubana com Coldplay: e não é que deu certo?!

Dias atrás, uma de minhas primas me mostrou essa exótica e deliciosa mistura produzida pelo pessoal do Buena Vista Social Club em 2006: os álbuns Rhythms del Mundo, no qual o grupo ousa fazer a mistura entre salsa cubana e músicas pop em inglês e alemão. Esses álbuns fazem parte de Campanhas do Artists Project Earth . Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o projeto, é só clicar na página do Rhythms del Mundo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Por que criança chora quando corta o cabelo?

Hoje estava subindo a comercial de uma quadra da Asa Norte quando escutei um berro estarrecedor e desesperado. Comecei a pensar que estavam matando um gato ou cachorro. Até apertei o passo na direção do som para, se preciso for, encarnar a "Sociedade Protetora dos Animais Ambulante". Porém, qual não foi minha surpresa ao descobrir que não havia, no local de onde vinha o berro, nem gato nem cachorro sendo judiado (ainda bem!). Havia, isso sim, um lindo garotinho fazendo um escândalo inacreditável no colo do pai e com a mãe do lado, porque estava em pleno processo de cortar o cabelo no barbeiro...o paciente pai cantava a musiquinha da Dona Aranha todo o tempo, mas eu tinha a leve impressão que o guri não apreciava lá muito essa canção.

Já vi várias crianças chorando por esse motivo mas nunca descobri o que está por detrás desse medo incontrolável da tesoura. Não lembro se eu ou minhas irmãs nos comportávamos como esse menino. Vou até perguntar à minha mãe. Até onde me recordo, meu motivo de tortura era o corte das unhas da mão esquerda. Minha mãe vinha com a temida tesourinha e eu ficava lá, tensa e com a cara virada para o outro lado para tentar esquecer o que ela estava fazendo comigo...meu medo era ela errar e cortar um pedaço de minha pele. Na verdade, era um medo até bem objetivo. Mas e o cabelo? Qual será o problema? Alguém arrisca um palpite?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Corpo dolorido, mas com felicidade paulistana

Ontem voltei de Sampa. Humberto foi pra lá final de semana com mais dois amigos: Alan e Fábio, para ver a corrida de Fórmula 1. Eu estava lá desde a quarta-feira e fui tratar de outros assuntos. Cada vez que encontrava com esses "três mosqueteiros", ria demais com suas narrativas. Vou ver se Humberto aceita escrever um pouco aqui esta semana, senão eu mesma me encarrego de contar algumas façanhas. No sábado, após o treino em Interlagos, lá estavam os três meio encharcados por conta da chuva...no domingo pela manhã, resultado: ninguém tinha tênis e meias secas para assistir à corrida. Um deles saiu de tênis sem meias e os outros dois de chinelos havaianas e bermudas. Parecia que iam para a praia. E de certa maneira, foram mesmo: voltaram tostados (ou rosados?) e ardidos do autódromo pois, ao contrário do dia anterior, o sol surgiu com força total. Um deles tinha trazido filtro protetor mas esqueceu na pousada...

Aproveitei para rever alguns amigos e bater perna. Aliás, acho que bati perna demais...voltei a Brasília com dores nos pés, nas pernas, na coluna, no pescoço...deve ser uma mistura de empolgação pelas caminhadas sem fim pela maior cidade da América do Sul com tensão em viajar de avião e talvez alguma pitada de resfriado nesse contexto. Mas não se preocupem, já estou melhorando. Antes que alguém venha com aquela piadinha super lugar-comum do " Isso é velheira" ou coisa parecida, já respondo com autoridade: "Tô ficando velha, mas sou enxuta...".

Sobre viajar de avião, sinto inveja de mim mesma quando era criança: nao tinha medo algum, viajava tranquilinha. Depois de uma certa idade, veio o incômodo e a inquietude. Se bem que estou melhorando de uns tempos para cá. Uma de minhas distrações é ficar vendo o mundo pela janelinha da aeronave: bom momento para filosofar e pensar na vida. Mesmo que a paisagem seja a chegada ao aeroporto de Congonhas, que é meio aterrorizante: prédios tão próximos que dá quase para ver gente de cueca pela janela de alguns apartamentos...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vi um cachorro no avião!

Ontem, momentos antes de decolar, escuto uma aeromoça falar a alguém que estava sentado na primeira fila de poltronas: "Agarra bem o teu cachorro, viu". Fiquei espantada e pensei: "Cachorro? Agora estão deixando os bichos viajar com os donos no avião?"Uma garota da fila adiante da minha também ficou encucada, perguntando em voz alta para sua amiga: "Cachorro?!"

Fiquei pensando:talvez estivessem permitindo agora a viagem daqueles cachorrinhos "portáteis", que muitas pessoas levam dentro de uma bolsa, junto a seus donos e não mais lá embaixo no compartimento de bagagens. Ou, quem sabe, o bichinho talvez estivesse doente, ou com gesso numa das patinhas...sei que minha imaginação voou tão alto quanto aquele avião.

No final da viagem, enquanto esperávamos a porta da aeronave se abrir, o "mistério"foi desvendado. Vejo uma menina de seus 5 ou 6 anos carregando o tal cachorro. O bicho era enorme, gigante mesmo...e de pelucia!

PS: Ta faltando alguns acentos no texto porque o teclado de meu Netbook desconfigurou enquanto eu escrevia...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sampa, tô chegando aí

Amanhã pela manhã embarco pra Sampa. Estou tentando arrumar meu mochilão. Amo viajar mas detesto tanto arrumar como desarrumar a bagagem. Um de meus sonhos de consumo é poder viajar só com a roupa do corpo...Sou mulher, mas tenho verdadeira alergia a bagagens gigantescas. Prefiro articular algumas peças básicas e pronto: o mínimo possível de volume. Não tenho vocação de lesma pra ficar levando a casa nas costas. O problema é que como o clima anda bastante instável e não confio totalmente na meteorologia, a tarefa anteriormente citada se torna um pouco mais difícil. Mas, tudo bem: viva a vida prática! Acabei de selecionar algumas pecinhas num esquema híbrido de razão e "uni-duni-tê" e pronto. Isso é o de menos.

Tarefa muito mais difícil é conseguir ver todos os amigos de lá em poucos dias, conciliando agendas. Pelo menos, já garanti com alguns. Se alguém com o qual não consegui falar quiser se encontrar comigo, é só me contactar via e-mail ou pelo blog mesmo, ok.

Coisa boa, Sampa. Essa poluição me faz um bem danado...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Minha sobrinha acha que sou um quadrado!

Palavras de minha sobrinha Ana Luísa, de 7 anos: "A Silvana é um quadrado porque ela é grande e comprida". Desconfio que ela esteja começando a estudar um pouco de geometria na escola. Porém, confesso que me sinto mais como um retângulo...

domingo, 11 de outubro de 2009

Vai um sorvete de coca aí?

Eu tomando um gostoso sorvete de coca na noite fria de Cusco...


Semana passada percebi um movimento curioso pelo Feedjit aqui do blog: num mesmo dia, várias pessoas de diferentes cidades de Santa Catarina e Paraná acessaram meu post sobre o sorvete e a cerveja de coca que tomei na cidade de Cusco, no Peru, em junho. Talvez alguns tenham achado peculiar a existência desses produtos, já que aqui no Brasil não podemos ter, e saíram mostrando o link para amigos e parentes naqueles estados.

Só para deixar claro: lá no Peru e em alguns outros países os mais variados produtos à base de coca são muito comuns. Você os acha em qualquer supermercado ou vendinha. Isso sem contar com as próprias folhas, as quais muita gente masca ou toma o chá feito com elas para prevenir ou tratar o soroche. Eles não são droga, ao contrário da cocaína. Acho importante ressaltar isso porque, por incrível que pareça, já vi gente em fóruns de discussão internet afora dizer que qualquer coisa feita com coca é droga...gente, não me façam passar vergonha...

Por esses dias estamos acompanhando via Orkut a primeira viagem ao Peru da amiga de uma amiga nossa. Estou achando um barato fazer isso: passamos dicas específicas, ela vai contando como está a aventura, vai postando fotos e ficamos torcendo daqui para que tudo corra bem. Acho que a moça viu umas fotos minhas com a cerveja e o sorvete de coca no álbum daquele site e ficou bem curiosa para saber onde eu havia tomado porque queria experimentar também. Passamos então a ela as coordenadas de como encontrar ambos em Cusco, com direito a Google Maps e tudo. Porém, a alertei que meu paladar é meio exótico às vezes...Mas vale a pena experimentar. Quem sabe ela não é do mesmo planeta que eu?

Crédito da foto: Humberto.

sábado, 10 de outubro de 2009

Mirabolâncias criativas sobre o aparelho de monitorar pressão

A quarta-feira da semana retrasada foi uma comédia para mim. Dia de Humberto fazer mais um dia de "Mapa", a fim de monitorar sua pressão. Já estava preparando meu espírito ao longo de horas para ouvir, no intenso silêncio da madrugada, o característico barulho da maquininha quando, para minha surpresa, vejo Geni, uma das colegas da aula de violino, aparecer com a dita cuja no corpo lá na escola. Acho que usar esse troço tá virando moda por aqui...

Fiquei curiosa para saber como faria durante a aula, já que o aparelho automaticamente aperta o braço de sua vítima de 15 em 15 minutos, momento no qual a pessoa tem que literalmente brincar de estátua e não deve nem falar, quanto mais manusear o arco do violino...mas até que isso não foi problema. Simples: ao começar o "momento estátua", é só continuar correndo os olhos pela partitura. Depois, voltando ao normal, basta empunhar novamente o arco e mandar ver. O terrível mesmo foi controlar o ataque de gargalhadas provocado por nossa imaginação fértil, depois que Geni contou que o ideal para conviver bem com aquele aparelhinho por 24 horas é imaginar um moreno alto, bonito e sensual apertando seu braço no lugar de uma reles máquina ...

Mais tarde, em casa, na hora de dormir, levo um susto: quando estou quase adormecendo escuto o tal do barulhinho estranho achando que se tratava do celular. Chego a esticar o braço para atendê-lo, mas felizmente a "ficha" caiu antes que se completasse o mico...

Já que está cada vez mais comum as pessoas usarem essa maquininha de vez em quando, sugiro para que inventem uma versão mais fashion da dita cuja. Poderiam fabricá-la em cores diversas e ainda com a opção de adesivos de artistas bonitões para colar nele (sugestão inspirada na idéia da Geni). Poderiam também fazer um som que não lembrasse tanto o alarme do celular. Já sei: cada vez que a máquina mede a pressão, poderia tocar uma música à escolha do paciente. O que acham?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mercedes Sosa grava rap com calle 13



Nesta sexta musical, não conseguiria colocar outra canção senão alguma gravada pela Mercedes Sosa. Já que a mídia em geral deu pouca atenção à sua morte, pelo menos tenho a liberdade de poder colocar mais vídeos dela aqui no meu espaço. Ao longo da semana, ao ver dezenas de seus vídeos no Youtube, prestava atenção também a tantas e tantas mensagens de carinho escritas para ela por gente, felizmente, do mundo inteiro, não só da América Latina. Além daquelas em castelhano, português, vi muitas em inglês, francês, alemão, holandês, várias mesmo, achei algumas até em sueco. É um consolo ver como ela foi e sempre será querida neste planeta.

Por meio da Julia Ardon, lá da Costa Rica, conheci várias músicas gravadas por Mercedes recentemente com outros artistas do continente. Uma delas me chamou mais a atenção tanto por seu conteúdo contundente como pelo seu formato: um rap gravado com o René Perez, integrante do Calle 13, de Porto Rico. Não consegui o vídeo da gravação original, mas achei a composição de fotos acima com a música. Vale a pena ouvir! E também não deixem de ler o belo texto que o René, conhecido por Residente, fez em homenagem a ela aqui.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vamos almoçar no "Pollo Pechugón"?

Este anúncio quem encontrou foi o Humberto e saiu na página sete do suplemento de turismo do jornal Correo Peru . A tradução literal do nome desse restaurante é "O Frango peitudão". Espero que os frangos servidos nesse lugar sejam ao natural, sem silicone...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eu e as cigarras: amor platônico

Adoro as cigarras. Nesta época do ano elas se convertem em minhas companheiras sonoras e fiéis. Ontem uma delas foi tão fiel, mas tão fiel, que resolveu entrar aqui no apartamento e cantar para mim bem de pertinho. Porém, não percebi de imediato sua presença por meio de seu canto mas sim de barulho de panelas e outros utensílios caindo na cozinha e área de serviço.

Achei estranho aquele estardalhaço fora de hora e fui ver do que se tratava. Lá chegando, vejo a MaluCat Valentina e a Pantera super atentas, procurando algo. Dali a pouco, escuto o canto meio abafado de uma de minhas companheirinhas. Só escuto. Não faço idéia de qual lugar ela escolheu para se esconder na área de serviço. Resolvo então recorrer ao SOS Cigarras, cujo chefe aqui em casa é o senhor Humberto. Prontamente ele vai à área, consegue descobrir o paradeiro da pequena cantora audaciosa que, por sorte, ainda estava inteira e com asas. Toma a dita cuja cuidadosamente em seus dedos e a liberta pela janela da sala.

Aviso às senhoras cigarras: adoro vocês, vocês me adoram, mas não entrem aqui. Esse amor deve ser platônico. As chances de saírem vivas de um apartamento com vigilância felina são mínimas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Las alas de angel de Mercedes Sosa san su voz...



Mercedes Sosa representa um dos primeiros contatos que tive, ainda criança, com a música latinoamericana feita fora do Brasil e, um pouco mais tarde, tornou-se minha cantora predileta. Por muito tempo, não consegui explicar o que havia a mais naquela voz que, objetivamente, já era bela, forte, grave, vibrante. Apenas gostava muito dela e de seu jeito de cantar. Hoje, penso que sua luta e a contundência de suas idéias e sentimentos eram tão autênticos e puros que tudo isso era convertido na sua maneira tão especial de cantar.

Sim, as asas de anjo da Mercedes eram sua voz. Que a fez voar alto por toda a Terra, carregando consigo, sem medos ou pudores, sementes de justiça, paz, dignidade. E hoje, 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, lá se foi ela voando, mas desta vez para uma outra dimensão. Agora há pouco falei pra Deus que estou com ciúmes dessa história de levar Mercedes pra longe. Puxa vida...porém, alguns segundos depois tive a impressão de ter quase que ouvido uma voz vinda não sei de onde, num misto de gozação e carinho a me dizer: "Ei, guria, tua "ficha" não caiu? Quem disse que ela está longe?"

Tá, Deus. Agora entendi a mensagem. Ainda com certa pena, mas já mais consolada, pensei: Agora ela deve estar tomando um mate, enquanto bate um longo papo com Victor Jara, Violeta Parra e tantos outros...

Enquanto isso, lembrei-me de um post que o Jica escreveu no dia do aniversário de Mercedes, 16 de julho (Jica, cometi a ousadia de copiá-lo e colá-lo aqui, tá?) Lá vai:

A primeira vez que Mercedes Sosa veio ao Brasil, cantou no Ginásio do Ibirapuera. Não lembro o ano. Ficou amiga da Miriam Mirah (na época vocalista do Grupo Tarancón) e com ela mais Abilio Manuel cantaram na USP. No camarim do show a gente conversava besteirinhas com ela e o Juan Falu até que Mercedes disse necessitar de um tocador de bongô para duas músicas: Drume Negrita e Duerme Negrito. Tentei inutilmente me esconder, eu tinha muita vergonha, era muita responsa, etc... Não deu outra, toquei com ela empurrado pelos amigos os dois temas (Emilio, do Tarancón, fotografou mal e porcamente mas há registros. O criolinho de bolsa de couro hippie e chapéu de motorista sou eu) e depois dividimos um frango no jantar. Simplona a moça. Pequena, simpática e forte. Hoje ela faz 74 anos e fiquei cá com meus botões divagando lembranças. Nem consegui agradecer. Eu era muito jovem e não fazia nenhuma idéia da grandeza daquela mulher que dividiu seu prato comigo. Se há uma Voz da América ela atende pelo nome Mercedes Sosa. Felicidades moça, felicidades, e se precisar de um tocador de bongô...

É isso aí, Mercedes. Você canta daí, a gente continua cantando daqui, tocando bongô, violino, violão, enfim, fazendo o maior som juntos. Porque, afinal:

*Si se calla el cantor calla la vida
porque la vida, la vida misma es todo un canto
si se calla el cantor, muere de espanto
la esperanza, la luz y la alegría.


Então:

*Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.

¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!

Mercedes, hasta siempre!!!

* O primeiro trecho é da canção Si se calla el cantor, de Horácio Guarani.O segundo trecho é de Canción con Todos, de Armando Tejada Gómez Y César Isella. Ambas foram gravadas por Mercedes Sosa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Dame Pa`Matala, buena musica de Venezuela!

O vídeo de hoje é do grupo Dame Pa`Matala, da Venezuela. Conheci um pouco do som deles pelo blog da Julia Ardon, da Costa Rica, companheira que também procura publicar em seu espaço virtual de vez em quando vídeos de artistas de diferentes países de nosso continente. Adorei o Dame Pa`Matala e virei fã! Eles fazem uma mistura de música folclórica venezuelana com Hip-Hop (dá vontade de sair dançando pela rua!) e suas letras procuram despertar para a consciência e a paz. Vale a pena conhecer o trabalho desses meninos.