quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Temos Atahualpa mas não temos roldana desta vez!!!

Dedo machucado do rapaz do post anterior...aí na foto ele estava pilotando o moto-carro.

Fiquei impressionada com o ferimento do rapaz já desprovido de uma das unhas da mão. Depois dessa, pensei: "bom, é melhor a gente deixar essa ida à cachoeira para a próxima vez que viermos ao peru...". Porém, meus tios e meu primo não desistem fácil. Em outro dia, lá fomos nós de novo, desta vez com um senhor cujo nome de batismo era o mesmo de um dos imperadores incas: Atahualpa. Com um nome desses, pensei: ele deve ter poder absoluto sobre o mundo das roldanas...e de fato tinha pois precisava sempre usar uma igual para chegar a seu sítio.

Agora sob a proteção de Atahualpa, chegamos de novo ao lugar para tomar o cesto de ferro. Porém, faltava algo muito importante para a travessia: o próprio!!! Provavelmente um grupinho pegou a roldana para ir ao Velo de la Novia e não a "devolveu" ao outro lado. Experimentamos gritar todos à beira do abismo para ver se alguém do outro lado escutava, mas na verdade isso seria muito difícil, pois para chegar à cachoeira era preciso andar um pouquinho mais para dentro da selva e o barulho das águas não permitiria que o som de nossas vozes ávidas por um banho chegasse a eles.

Segunda tentativa de ida a essa cachoeira também frustrada. Fiquei admirando o movimento da água do rio pensando em nada por alguns segundos. Quando "acordei", vi um movimento estranho a alguns passos de mim. O tal grupinho que estava na cachoeira havia deixado um moto-táxi e uma moto normal estacionados ao lado de uma grande rocha. Não é que vejo meus tios, meu primo, Humberto e Atahualpa carregando os veículos para o outro lado dessa rocha?

Pensei: "Não acredito no que estou vendo...". Mas no Peru é sempre assim (pelo menos acontece comigo): você distrai um instante e quando volta ao Planeta Terra tem algo estranho, peculiar ou engraçado acontecendo perto de você. Inclusive em família...Para amenizar a frustração de não conseguir ir de novo ao Velo de la Novia e a indignação de o pessoal ter ficado com o cesto de ferro e a roldana só para eles, primo Alex teve a idéia de simular um "roubo" dos veículos daquela turma. Todos gostaram da idéia e ajudaram no "crime".

Voltamos a Aguaytia muito curiosos, imaginando se aquele pessoal teria a idéia de olhar atrás da rocha para procurar os veículos ou se tentariam pegar carona direto para a cidade achando que foram realmente roubados. No dia seguinte, não é que tivemos notícia pelo Atahualpa que a turminha não teve a idéia de olhar atrás da rocha para procurar o moto-carro e a moto? Lembro de minha tia comentando que havia visto um carro passando cheio de jovens molhados e falando ao celular, na rodovia...vai ver, eram eles...

Eu rio demais cada vez que lembro dessa estrepolia coletiva...

CONTINUA AMANHÃ...
Crédito da foto: Humberto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Roldana assassina, vou denunciá-la aos sidicato dos trabalhadores do Peru.