terça-feira, 8 de setembro de 2009

Se a linha está irregular o passageiro paga o pato?!

Já estamos de volta a Brasília depois de uma breve fuga ao estado de Minas Gerais. E por falar em MG, um aviso a quem costuma pegar os ônibus da empresa União, especificamente na linha Brasília-São Lourenço: a empresa perdeu a liminar que lhe dava direito a vender passagens para a dita cuja. Na noite da sexta-feira, 4 de setembro, o ônibus em que estávamos foi parado pela Polícia Rodoviária Federal ainda dentro do DF, por isso. Éramos cerca de 40 passageiros indignados, ora questionando o acontecido junto à Polícia, ora junto aos agentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que lá estavam.

Disseram-nos que, conforme a lei, a empresa teria até duas horas para mandar outro ônibus para lá a fim de cumprir a prestação de serviço. Como, obviamente, em véspera de feriadão, nem a própria União, nem a Gontijo, nem a Polícia Rodoviária, nem ninguém mais teria outro ônibus, ocorreu o óbvio: depois de duas horas e meia, aproximadamente, fomos liberados para seguir viagem.

Tudo bem, seguiram a lei direitinho. Mas...há um problema aí: quer dizer que nós, passageiros, temos que ser prejudicados e muitos chegarem atrasados a seus compromissos por culpa de uma irregularidade da empresa de ônibus da qual não tínhamos conhecimento? A Polícia deveria multar a empresa e liberar o veículo de imediato, já que o bom senso e a data mostravam que realmente ninguém teria outro ônibus para substituir aquele no qual estávamos...a única saída possível ali seria prosseguir no mesmo veículo.

Mas e porque os fiscais da ANTT não cuidam de impedir a venda de passagens para linhas sem liminar lá na Rodoferroviária? Ao ser questionado, um dos agentes da ANTT, lá no meio da estrada, disse que eles não tem esse poder...como não? Então quem é que cuida de casos assim? Alguém poderia nos informar? A "batata quente" vai para quem?

A sorte é que havia uma advogada no ônibus que pegou nomes e telefones dos passageiros todos com o intuito de entrar com uma ação coletiva contra a empresa União. Tomara que ela vá avante com isso e dê um baita rombo nesses caras. Afinal, certas coisas só se endireitam quando dói no bolso, não é mesmo?

4 comentários:

Clébio disse...

União = Gol = Planeta (ou Pioneira, sei lá), etc.

Qualquer coisa que tenha o dedo de Nenê Constantino (chamado num lampejo de brilhantismo de um colega busólogo de Mazzaropi do Mal) fede a picaretagem. Por isso sugiro que da próxima vez que forem pegar o ônibus para São lourenço vão de Gontijo, pelo menos as linhas que a União faz em Brasília apresentam alternativas de outras companhias.

Abraços

Unknown disse...

Infelizmente vivemos em uma terra onde quem tem um olho é rei!!!!! E como, graças a cultura aki impregnada pelos portugueses de em tudo se dar um jeitinho, a malandragem q é sempre conveniente, lascamo-nos todos!!! Empresários dão um jeito, políticos então.... Assim como em tantas outras esferas!!!! Enqto não mudamos essa cultura e mentalidade q nos persegue a pouco mais de 500 anos, penaremos ainda bastante em muitas coisas!!!!!!!!

Gisele Moura disse...

Eu concordo com a Fabiana que diz que o somos impregnados por essa cultura advinda dos portugueses, aqueles que foram degredados por cometerem crimes para as Terras de Vera Cruz. Mas acho também que não foram só os portugueses não... Os seres humanos são assim adoram um "jeitinho" de burlar as regras. Eu já falei várias vezes do Fura-filas lá da Áustria. Que é um exemplo de levar a vantagem. Mas o que me incomoda é esse cartel do mazza do mal... Isso sim me desanima para cachorro... Ninguém merece aquele bigodinho e não poder ser transportado por algo que não tenha o dedo(ou fio de bigode) dele!

Daniel Savio disse...

Aff, que melda, você pegar um ônibus e "descobrir" que a empresa está inregular...

Pior de tudo é você ficar parado esperando "ajuda dívina" para o caso.

Fique com Deus, menina Sil.
Um abraço.