quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Dotô, eu levo ou deixo os pato?"

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe: Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada. E o ladrão, confuso, diz:- 'Dotô, eu levo ou deixo os pato?'

Crédito: A Flávia Fonteneles, daqui de Brasília, enviou-me o texto que chegou em seu correio eletrônico, sem fonte definida.

3 comentários:

Ana Paula Pietroluongo - CRP 01/10839 disse...

hehehehe.. boa essa!!!

monaliza menzenga disse...

muito bom esse texto..

Jorge Ramiro disse...

Eu tenho um amigo que tem patos dentro de sua casa e comprou um cercado para cães, porque ele não conseguiu um cercado para patos. Ele teve que comprá-lo, pois tinha penas em toda a sua casa.