Ontem foi mais uma colação de grau da família. Somos quatro irmãs. Eu, a mais velha, colei grau anos atrás (claro que não vou revelar quantos aqui no blog, né). Ficamos anos a fio sem ter outra. De repente, este ano, coincidiu: Sandra e Susana se formaram com apenas dias de diferença. As ondas do mar da vida fizeram com que a segunda mais velha das irmãs e a terceira colassem grau no mesmo semestre. Sandra trocou de curso e teve que ir estudando bem aos pouquinhos por causa do trabalho. Susana passou um ano fora de Brasília e voltou para continuar o curso. De repente, depois de tantas idas e vindas, seja de curso ou de cidade, vejo as duas receberem, lá no Centro Comunitário da UnB, o tão sonhado e suado diploma de curso superior. Agora temos na família uma das mais novas economistas e uma das mais novas pedagogas do DF. De nós quatro, só falta a caçula, Juliana, ou simplesmente a "modesta" Ju (a "mais Top" dos comentaristas deste blog) colar grau. Parece que será daqui a um ano, mais ou menos.
Apesar do cansaço da maioria dos discursos numa solenidade como esta, eu curto ir a formaturas. Aliás, isso vai render mais de um post...por ora, gostaria só de contar a cena emocionante que presenciei ontem, além de ver minha irmã sendo chamada para pegar o diploma. Dentre os formandos de Economia, havia um paraguaio. Antes do hino nacional brasileiro, tocaram o hino de seu país. E lá estava o rapaz sozinho, dentre os formandos, cantando o hino de sua pátria, com direito à sua imagem projetada no telão. Em seguida, cantou também o hino brasileiro.
Gente, podem me chamar de "careta" ("careta"? Tô achando que nem usam essa gíria mais). Muita gente por aí critica a letra do hino brasileiro dizendo que boa parte da população não entende o que diz a letra, que é cheia de palavras difíceis, que ele está ultrapassado, que isso de cantar hino é resquício da ditadura militar e tantas outras coisas. No entanto, eu acho muito bonito quando o tocam. E acho que ficaria ainda mais bonito se TODOS os brasileiros o cantassem ou pelo menos tentassem. Afinal, gostem ou não, é o NOSSO HINO. Mas é fogo: além de a maioria não cantar, ainda inventam de bater palmas ao final de sua execução...Lembro como se fosse ontem das broncas que as professoras davam na escola a quem ousava fazer isso. Mas, para mim, elas estavam certas.
Fico imaginando quantos brasileiros, se estivessem na mesma circunstância que aquele rapaz, dariam conta de ficar cantando sozinho o hino nacional...
2 comentários:
Também, brado retumbante, penhora da liberdade, impavido colosso, florão da américa, terra garrida, lábaro estrelado e flâmula são coisas que a gente só ve em prova de análise gramatical morfosintática e outros bichos nas boas e velhas aulas de português.
Como fazer o funkeiro popozudo fanático por bbb gostar e cantar algo que talvez não entenda?
Está aí um bom tema para os eruditos.
Sirvam-se à vontade
P.S. dentre todas, prefiro "venus calipigea"
Ha!
Eu gosto do Hino Nacional e acho que ele deve ser tocado em todas as ocasiões especiais. Imagino a emoção do formando paraguaio ao ouvir o hino de sua pátria.
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