quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alguma coisa acontece no meu coração quando eu cruzo a Ipiranga...

Stella, Rose, eu e Mariusa: amigas paulistanas reunidas num
gostoso almoço numa tarde de sábado.
A visão da aterrissagem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, meio assustadora pela proximidade excessiva dos prédios, é também motivo de eufórica alegria para mim. Não adianta, tenho uma atração fatal e irresistível a cidades imensas e poluídas, fazer o quê? São Paulo, Lima, Santiago, Buenos Aires, Barcelona, Madrid, Paris...em nossas andanças mochileiras pelo mundo, boa parte das grandes metrópoles que conheci, com poucas exceções, estão na minha lista das cidades prediletas. Gosto da caleidoscópica diversidade de opções e de pessoas num mesmo lugar, do denso caldo antropológico da cultura intensamente urbana.

Mas, além desse contexto, no qual Sampa naturalmente se insere, há outro motivo que me faz ficar feliz quando vou pra lá: as amizades. Curiosamente, fui me enredando, ao longo dos anos, numa teia muito especial de amigos paulistanos de diferentes "tribos" por conta de trabalhos que tive, vida acadêmica, envolvimento em ONGs, gostos musicais em comum e outros motivos. Outro dia, ao visualizar o mapa do metrô para planejar minhas visitas, me dei conta que tenho gente querida polvilhada literalmente nos quatro cantos da cidade. O problema é que nunca dá para ver todas as pessoas que quero, o tempo é pouco e o próprio tamanho e dinâmica da cidade faz com que isso seja complicado. Por isso, deixo aqui minha homenagem pública a todos os amigos de Sampa, tanto aqueles que consegui visitar desta vez como aqueles a quem continuo devendo visita.

Todos vocês são especiais para mim de algum modo. Amigos no sentido essencial da palavra, não apenas colegas (para mim as duas palavras tem sentido muito diferente). Gente com o qual dá prazer conversar, estar junto, mesmo que na maioria das vezes seja por internet. Gente que consegue ler nas entrelinhas. Gente com a qual dá para compartilhar segredos. Às vezes tenho a impressão que estamos ligados por uma família em outra dimensão, por laços que talvez sejam mais fortes que o do DNA: é um sentimento ao mesmo tempo misterioso e concreto.

E por falar em entrelinhas, aqui vai um recado que certamente entenderão: assim como Lima é a minha São Paulo peruana, São Paulo é minha Lima brasileira...

Crédito da foto: Juan Montero, marido da Rose.

4 comentários:

Aline Mariano disse...

Oi Silvana! Que bacana! Um dia espero encontrá-las também. Imagina a festa!

Beijo grande!

Daniel Savio disse...

Que homenagem bonita as tuas amigas...

Fique com Deus, menina Sil.
Um abraço.

Stella Maris Bortolotti disse...

Silvana, adorei ler sua homenagem. Fiquei emocionada. Muito obrigada de coração e saiba que penso exatamente do mesmo jeito. Vc é um dos presentes maravilhosos que ganhei através de K&K (e viva o orkut!). Vc é uma pessoa linda que só traz alegrias para suas amigas paulistanas (acredito que para todos os amigos). Muito obrigada por seu carinho e sua amizade. Adoro vc!E venha mais a Sampa para termos mais encontros gostosos como este.

Rose de Sampa disse...

Crônica inspirada, amiga querida! Que esse encontro se repita muita e muitas vezes... e não apenas virtualmente!