quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Vivir contra la marea


Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram...
Alexander Graham Bell
Vivir contra la marea...gostamos de ser assim! Não por pura rebeldia ou para aparecer, mas porque a gente é assim mesmo e achamos que a vida é curta demais para tentar ser algo que não somos. Caso exista a reencarnação, para mim dá quase no mesmo: esta vida, neste contexto histórico-cultural-antropológico, envolvida em diversas redes relacionais e existenciais, é única!

Reli o texto que Humberto fez, a homenagem que fiz ao grande e eterno Victor Jara, o post da Bella em seu blog (não deixem de lê-lo) e também os comentários que pipocaram por aqui em relação aos textos. O conjunto todo me vem como ventos de alívio, pois às vezes tenho a terrível sensação de ser uma extra-terrestre.

Mas, apesar de tudo, prefiro ser uma extra-terrestre. É muito mais divertido. Porém, há gente por aí que, se pudesse, prenderia os extra-terrestres em hospícios. Não querendo ser chata mas já sendo, porque será, hein? Acredito que Deus, ou cada um de nós mesmos com Deus, em parceria, num plano mais sábio e consciente das coisas, em algum lugar do universo, combinamos de ir ao Planeta Terra para se aperfeiçoar no exercício, às vezes bem suado, de aprender a se divertir cada vez mais.

Para mim, esse sentido de "diversão" tem a ver com aprender coisas novas, de maneira prazeirosa. Não um prazer "fabricado", desses que se compra em kit nas lojas. Mas um prazer brotado do fundo da alma, espiritual mesmo. Por exemplo: tem gente que gasta fácil em um shopping 5000 mil reais em butiques e depois se queixa que não tem dinheiro para viajar. Ora bolas, no "frigir dos ovos", o que é mais divertido? Desfilar roupas novas que, na verdade, poderiam custar beeeeeem menos depois de uma pesquisa de preços em lojas mais baratas e feiras ou gastar essa grana para sair rodando pelo continente aprendendo coisas que a Faculdade não ensina e os meios de comunicação muito menos?

Gente, às vezes sou e me sinto chata sim. Mas prefiro ser chata às vezes do que ser chata sempre.

Crédito da foto: Humberto (tirada na cidadezinha adorável de Pucón, no sul do Chile)

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