Mais um texto para a campanha da Blogagem Coletiva, da Ester.
A consciência sobre o tema da inclusão social é fundamental. Não uma consciência puramente teórica, acadêmica, mas que concilia razão e emoção, entra pelos poros das pessoas, atinge o coração delas e nunca mais sai da cabeça...Um dos espaços nos quais vivenciei isso foi o da Serenata de Natal, um coral daqui de Brasília no qual cantei durante anos e anos. Além dos ensaios, de agosto a dezembro e apresentações na rua próximas ao natal, o grupo também visita asilos, creches, orfanatos, hospitais, enfim, várias instituições, levando carinho e música às pessoas, muitas delas alijadas da sociedade.
A Serenata por si só já é um grupo bastante heterogêneo, formado por pessoas das mais diversas crenças, ideologias, raças, situações sociais e idade. O único requisito que se pede é um determinado número de presenças nos ensaios e não é preciso experiência musical prévia.
Uma das coisas mais interessantes de se ver é como muitas pessoas tem sua primeira experiência em trabalho voluntário com uma realidade completamente diferente da sua justamente por meio daquele coral. Ao longo dos anos vi muitos jovens de classe média de Brasília pisarem a primeira vez na periferia do Distrito Federal pelo fato de estar participando da Serenata de Natal. Vi gente se chocando com uma visita a um abrigo de excepcionais. Vi pessoas entrando pela primeira vez num abrigo de idosos. Num Hospital Psiquiátrico. Numa instituição de tratamento de dependentes químicos. Na penitenciária. No Centro de jovens infratores. Enfim, em tantas e tantas diferentes instituições, fica difícil até lembrar...eu mesma pisei a primeira vez num leprosário, no interior de Goiás, por meio de uma visita da Serenata àquela instituição.
Acredito que essas vivências em diversas realidades, diferentes das nossas, são momentos que realmente podem alavancar uma consciência social verdadeira, com grande chance de se converter em atos concretos. Quantos e quantos não começaram a ter uma visão diferente da vida e a participar de projetos envolvendo a inclusão social por terem participado da Serenata de Natal aqui em Brasília? Não dá nem para contar.
Torço para que a essência da Serenata de Natal daqui de Brasília se espalhe pelo Brasil afora!
Se você quiser conhecer um pouco mais o trabalho da Serenata, é só clicar aqui.
9 comentários:
Gosto de babasonicos. deixei um mimo para você no meu blog. A história da consciencia social é legal também. Beijão. Passa lá e pega seu selo.
Sil gostei bastante do seu blog e do comentario que fez sobre a serenata de natal, foi lindo e achei emocionante até. Falou tudo e com poucas palavras. Coisas de jornalista mesmo. Legal.
Achei legal a ideia de falar sobre inclusão social, pois muitas pessoas não sabem bem o que é uma inclusão social e acabam tendo uma visão do mundo totalmente diferente. E sim acredito que a para mim a Serenata foi uma especie de Inclusão Social. Tenho tido oportunidades de conversar com o Roger, e atraves de nossas conversas vi que a serenata em minha vida foi uma especie de inclusão sim. Entrei de um jeito, fiquei de um jeito e hoje pode ter certeza que sou diferente também pela serenata e pelo o trabalho que ela faz. Foi uma bela inclusão para a minha vida.
Lia.
Sil, espero que um dia retornes à Serenata (ou vice-versa). A edição do ano passado foi uma das mais leves e emocionantes que eu já participei e espero que este espírito só se fortaleça.
Abraços.
parabens pela postagem, linda!!
abraços
Ai que momento nostálgico.... rsrs.... Me vieram algumas muitas lembranças enqto li o post... :-D
E Fabina as lembraças chegam mesmo, a Sil mandou bem em falar dessa forma sobre a Serenata. INCLUSÃO SOCIAL. Nunca tinha parado para pensar nisso, e ela falou bem sobre a questão dentro da Serenata de Natal.
É lindo mesmo.
Não gosto do termo "inclusão social". Só de falar em coisas que terminam com social me dá arrepios, me lembra aquelas bolsas dadas aos universitários, como o Prouni... afff...
"essas vivências em diversas realidades, diferentes das nossas"
Gostei desta frase. Viver em vária realidades nos dissolve o preconceito, não só sobre os que vivem excluídos, mas também dos que achamos que não estão.Penso que às vezes temos preconceito de quem é rico, certinho, sem defeitos...
Obrigada pela visita.
Gostei muito de seu blog.
Ah! Moro em Olinda Pe.
Nossa q texto lindo, era esse q vc falou na comunidade da SN no orkut?? Mto interessante!!
Bjos
Juliana
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