sexta-feira, 6 de junho de 2008

Afetos costarriquenhos

O Jica, no seu comentário a meu post passado, lembrou a música "Coração Civil", de Fernando Brant e Mílton Nascimento. Foi justamente essa canção que me veio à cabeça quando o avião foi aterrissando em San Jose, capital da Costa Rica. Já era noite e me encantava pela janelinha do avião com as luzes polvilhadas entre as montanhas daquela cidade. A aeronave parou nessa cidade rapidamente para deixar passageiros e, em seguida, partiu para o Panamá, onde chegou vinte minutos adiantado (!!!). Aliás, gostei muito de viajar pela Taca....nesses vôos todos que peguei em maio, três deles chegaram antes do horário marcado, dois deles vinte minutos adiantado e um deles, cinco minutos adiantado. Parece difícil de acreditar, mas é verdade.

Mas, voltando ao tema, na ida ao Panamá, já simpatizei com San Jose. Em meu retorno ao Peru, tive a oportunidade de rever, mas de dia, a poética imagem dessa cidade que se distribui entre altos e baixos do relevo, além de ter esperado um pouco o próximo vôo em seu aeroporto. Aliás, nunca vi aeroporto tão chique...todo acarpetado, menos nos banheiros, é claro (aí também seria demais). Eu, em meio ao sono e cansaço de uma noite sem dormir, namorava panoramicamente San Jose da Costa Rica e pensava: "Um dia volto aqui para te conhecer, ó bela cidade!". Enquanto secretamente dizia isso, vinham-me a memória um misto caleidoscópico imagético-sonoro composto pela música "Coração Civil", por canções do grupo Malpaís, por cenas de momentos passados em companhia da Costarriquenha Elsi Rojas, uma das novas amizades feitas no evento do Panamá e por trechos de textos da Julia Ardon, amiga virtual feita alguns meses atrás via blog: algumas boas referências que tenho daquele país.


Elsi é a garota da foto de meu primeiro post sobre a viagem, uma das companheiras de palestras, fotografias e bailados. Julia e eu somos " leitoras mútuas": uma costuma ler o blog da outra è, às vezes, reforçando algumas campanhas daqui e de lá. Sobre o grupo Malpaís, eu o descobri meses atrás pelo acaso, fazendo pesquisas na internet. Aliás, não resisti e comprei no aeroporto um de seus CDs, que estou escutando agora, enquanto escrevo. Buenaço com toda a força, os caras conseguem fazer música bonita, diversificada, com letras poéticas e belos arranjos. Foi paixão à primeira vista! Ou melhor, à primeira escutada!

À medida que vou conhecendo de perto um pouco mais do Planeta Terra, parece que meu coração e minha mente vão aumentando, e se tranformando numa intrincada rede de informações, percepções, pontes de sentido e afetos, cada vez mais...

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