sexta-feira, 27 de junho de 2008

Besourão gigante: adeus às gaiolas e bolsas de moças escandalosas!



Em resposta ao comentário da Su de Sampa sobre meu post anterior: Su, fique tranqüila...o besouro foi devolvido à floresta no dia seguinte, são e salvo, apesar de ele ter corrido o risco de ser "assassinado" por mim, mas sem querer... posso não ser lá muito simpática a insetos, sobretudo os tamanho King Size, mas eu não mato nem mosca, quanto mais um besourão respeitável daqueles.

No dia seguinte, acordei, saí do quarto que estava a poucos passos da gaiolinha do bichão e ainda dei uma olhadinha de "bom dia" ao dito cujo. Parecia bem tranqüilo, o danado. Um tempinho depois, naquela manhã, havia cinco ou seis pessoas em torno do escaravelho. Era um tal de examinar sua couraça, suas patinhas, virar o besouro de costas, de barriga, usá-lo um pouco como broche na roupa (vejam na foto a audácia de minha tia Yola!)...o bicho já estava virando o divertimento da galera. Mas percebia que tudo era feito com muito carinho, sem machucá-lo.

Enquanto isso, pensava quão urbana sou...e refletia como meus amazônicos tios e primos manejavam com naturalidade aquele ser cascudo. Cheguei a sentir uma pontinha de inveja até. Eu juro que tentei ao menos botar um dedo nas costas do bicho, mas não consegui desta vez. Quem sabe, numa próxima....

Dali a pouco, iríamos todos para a chácara de uma das tias. Peguei minha bolsa e fui me juntar ao grupão. Porém, alguém me alertou sobre alguma coisa estranha pendurada dela. Quando olhei para baixo, quase tive um troço...o besourão estava pendurado em minha bolsa!!! Dei uns gritos histéricos que, creio, foram ouvidos até lá na fronteira com o Acre. Para acompanhar minha performance sonora, ainda joguei sem pensar e de imediato a bolsa no chão, com máquina fotográfica, super-besouro e tudo...

Depois desses segundos de terror e pânico, enquanto tentava me recompor, ia ao mesmo tempo preparando o chinelo. Não para matar meu "pingente gigante de bolsa", que escapou são e salvo da queda brusca de seu "suporte temporário" no chão, mas para correr atrás do primo Alex...porém, a tempo, escuto uma das tias avisar: "Fue Tio Mañuco, fue Tio Mañuco!!!".

Quanto ao cascudão, adeus gaiolas e bolsas de moças escandalosas! Ele foi levado gentilmente de volta à floresta, onde voltou a encontrar paz e tranqüilidade. Quanto ao tio, como é mais velho que eu, respeitei sua travessura. Quanto ao primo, suspeito que ele tenha ajudado a arquitetar o plano maquiavélico com meu tio. Porém, na dúvida, resolvi não realizar mais uma fase do campeonato de "Arremesso de Chinelos em Primos".

Crédito das fotos: eu mesma. O tio da foto foi o que grudou o bicho na minha bolsa.

2 comentários:

su parente souza disse...

Comédia.....jajajajajajaja

Na USA moça chamou a polícia pois uma
raposa "usurpiou", "se apoderou" ou quem sabe "roubou" mesmo sua bolsa.
Será que estamos chegando na Revolução dos Bichos..

Anônimo disse...

Sil menina, desta vez adimito que não foi você quem se meteu em uma enrrasacda e sim que te meteram trazendo esse bicho terrrível para a mesma casa em que você estava, seu tio e primo se mostaram muito corajosos e sua irmã também, pois queria ter até uma coleção deles coloridos! Rsrsrsrs eu sou como você, tenho pavor dessas criaturas e se um deles se pendurasse na minha bolsa não sei o que faria na hora, mas com certeza o Brasil inteiro iria escutar meus gritos. Realmente amiga... Vc não escolheu um dia bom para visitar o pessoal, não estava cabendo você e o besouro gigante no mesmo espaço geográfico, na próxima visita faça uma exigência, diga que não aceita dividir a mesma casa com outros seres do meio do mato, apenas os humanos!
Beijos querida.