terça-feira, 11 de março de 2008

Embates filosófico-práticos sobre forma e conteúdo

Volta e meia me pego refletindo e fazendo questionamentos sobre a forma e o conteúdo de tudo: de idéias, de programas de TV, de embalagens, de vidros de perfumes, de canções, de papel higiênico (esse vocês já sabem), enfim, de tudo o que vejo pela frente. Navegando pelo ciberespaço, deparei-me com essa foto sugestiva. Imagino se o gosto dessa melancia modificada pelos cientistas tem o mesmo gosto de uma melancia comum. Eu não sou muito fã dessa fruta mas, em nome do espírito científico, eu provaria sua versão quadrada, super-prática. Aliás, eu adoraria ter essa versão de todas as frutas...provavelmente o interior de minha geladeira ficaria bem mais organizado. Já pensaram em uvas quadradinhas, bananas retangulares, etc? Que maravilha!
Por falar em forma e conteúdo, tenho a impressão que os refrigerantes acondicionados em garrafas de vidro tendem a ser mais saborosos, o que vocês acham? Já vi gente dizer que o gosto é o mesmo, já vi gente dizer que realmente o gosto muda. Se algum químico passar por aqui, por favor, faça-nos a gentileza de nos explicar se isso é verdade, mentira, ou se depende de condições de transporte, armazenagem, temperatura, entre outros.
Bem, eu nunca vi venderem cerveja em garrafa de plástico...

Um comentário:

Fabrício disse...

Diante dos seus embates filosófico-práticos tenho a impressão de que, neste mundo, a forma valha mais que o conteúdo e que o caso da melancia quadrada de Zentsuji exemplificaria muito bem meu raciocínio.

Segundo o site ipcdigital.com, a melancia quadrada, devido ao seu formato, é menos doce que a original, tem sabor semelhante ao do pepino (argh!) e que a tal maravilha, custa 13 mil Ienes!!!

O site ainda informa que, devido aos seu formato peculiar, a melancia quadrada virou objeto de decoração e que sua produção é toda vendida em Tóquio e Osaka.

Concluindo, eu reafirmo a importância que a forma adquiriu em relação ao conteúdo e sua força é tão grande que consegue modificar as funções dos objetos, transformando produtos, a priori, "anti-mercadológicos" (palavra que eu inventei) em sucesso.

Talvez isso tudo seja culpa dos designers. Será?

Beijos
Fabrício