domingo, 2 de março de 2008

Eu finjo que falo ao celular para escapar da dança do ventre

Ontem fomos a um restaurante árabe reencontrar alguns amigos. Além da comida, havia também apresentações de dança do ventre. Acho lindo esse tipo de dança, adoro assistir. Porém, sempre sinto um pequeno desconforto nessas apresentações por um simples motivo: as bailarinas costumam tirar pessoas da platéia para dançar e, pessoalmente, não sou chegada a esse tipo de interatividade. Felizmente, não sou a única.
Assim que a moça começou a dançar passeando perto das mesas, começou o sufoco. Pensei: se ela começar a ficar muito perto de nossa mesa, pego meu celular e finjo que estou falando com alguém para despistar. Em certo momento, a coisa estava feia e comecei a abrir meu aparelho, quando noto que dois amigos estão também mexendo no celular. Caio na gargalhada e aviso a eles: "olha, em caso de emergência, a gente liga um para o outro, ok". Nossa sorte foi que era aniversário da bailarina e esta estava tirando para a dança só umas garotas já conhecidas, deveriam ser suas amigas ou alunas de dança, talvez.

Humberto comentou que se divertiu observando as caras dos homens e das mulheres durante a dança. Segundo ele, a maioria das mulheres parecia estar de cara meio amarrada, enquanto a maioria dos homens estava com o sorriso de orelha a orelha. E os olhares masculinos e femininos dificilmente se cruzavam. Nunca havia me tocado para essa possível diferença de semblantes durante a dança do ventre e achei muita graça.
Sou mulher, mas confesso que não entendo certas atitudes femininas. E realmente gosto muito de dança do ventre, fico impressionada com o domínio que aquelas moças tem do próprio corpo, dentro daquele ritmo contagiante da música árabe. Além disso, acho lindas suas roupas. Quem sabe tem é que dançar mesmo. Só não me chamem para fazer parte do show.

Crédito da foto: http://www.elizabetmoro.com.br/index.php?pg=principal

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei muito interessante o relato no blog e as reações percebidas
Assim, podemos conhecer mais a alma feminina, eheheh.....